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Academia - Autores
João Cabral de Melo Neto

Autoria                 -                     Orientação     -    Grau  -  Local – Data 

FERRAZ, Eucanaã          Antonio Carlos Secchin        Dr.     UFRJ      2000    

Título: Máquina de comover: a poesia de João Cabral de Melo Neto e suas relações com arquitetura.

Sinopse:  O surrealismo e o construtivismo em Pedra do sono. A importância da leitura dos textos de Le Corbusier na  definição da poética de João Cabral. O contato do poeta com a arquitetura racionalista do Recife. A linguagem arquitetônica convertida em princípio estruturante dos poemas e dos livros.  

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Autoria                  -               Orientação      -        Grau  -  Local  – Data

CORREIA, Everton B.          Fabio Rigatto de Souza    Dr.        USP     2008

Título: A poética do engenho: a obra de João Cabral sob a perspectiva canavieira.

Sinopse: A produção de João Cabral de Melo Neto largamente conhecida pela problematização social, recortada histórica e geograficamente, constitui-se melhor quando considerada em função de seu acabamento formal, que se desdobra de diversas maneiras ao longo de sua trajetória. Essa ambivalência característica será aqui observada a partir da matéria canavieira, presente em quase toda a extensão da obra e que se concentra particularmente no livro Escola das facas. Eixo principal do trabalho, este livro oferece uma compreensão da poesia, que será acionada através da subjetividade poética configurada em meio ao universo familiar, pernambucano e historiográfico, que se embaralham para constituir uma experiência singular e que se alimenta da experiência histórica do autor e dos seus antepassados, convertidas em matéria de várias composições suas. Observando alguns poemas, pretende-se dispor de certa dimensão da expressão do poeta que se entrelaça na representação do universo canavieiro e na elaboração literária que lhe vem a ser característica.

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Autoria                     -                 Orientação     -     Grau  -  Local –  Data

OLIVEIRA, W. Alves de          Adélia T.B. Menezes       Dr.      USP       2008

Título: O gosto dos extremos: tensão e dualidade na poesia de João Cabral de Melo Neto, de 'Pedra do sono' a 'Andando Sevilha'

Sinopse: O trabalho é uma leitura da obra de João Cabral de Melo Neto, de Pedra do Sono a Andando Sevilha, reavaliando algumas considerações de sua Fortuna Crítica. Promove-se a revisão de alguns estudos definidores da poética cabralina que postularam que sua lógica de composição está atrelada à segmentação de sua poesia em duas vertentes: as "duas águas". Considera-se que a maioria destes estudos, realizados durantes os anos 60 e 80, reforçaram alguns pressupostos, tais como o antilirismo de sua poesia, sem confrontar as categorias analíticas ao conjunto dos livros do poeta, escritos após A Educação Pela Pedra. Apresentase, portanto, a análise dos seis livros do poeta de Museu de Tudo a Andando Sevilha que conferem ao todo da poesia de João Cabral uma nova conformação. A partir da análise da tematização do lirismo-amoroso e do feminino e da inscrição do autobiográfico na obra, problematiza-se a divisão da poesia cabralina em duas vertentes e reconsideram-se os desdobramentos dela decorrentes.

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Autoria               -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

MENEZES, Roniere Silva    Eneida Maria de Souza           Dr.   UFMG  2008

Título: O traço, a letra e a bossa: arte e diplomacia em Cabral, Rosa e Vinicius

Sinopse:

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

VERNIERI, Suzana        Maria do Carlo A. Campos        Dr.    UFRGS     2002

Título: O toque da flauta : uma leitura de João Cabral de Melo Neto

Sinopse: Este trabalho, a partir da análise da obra completa de João Cabral de Melo Neto, busca mostrar como o poeta pernambucano venceu o silêncio que o ameaçava desde os primeiros versos. A conquista de sua voz se dá quando o autor empreende uma volta ao passado, às origens de línguas e literaturas ibéricas num movimento diacrônico. É nesta viagem no tempo que ele encontra formas que sejam capazes de resistir à contemporânea crise da linguagem e que também lidem com a própria questão da linguagem enquanto forma de expressão humana. A tese ainda questiona a posição de Cabral quanto à tradição poética nacional.

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

DUARTE, Ana Beatriz T.D.     Cecilia Martins de Mello    Ms.     PUC/RJ   2004

Título: Máquinas minerais: um estudo comparativo entre as poéticas de Amilcar de Castro e João Cabral de Melo Neto.

Sinopse: Reunir Amilcar de Castro e João Cabral de Melo Neto, que, embora contemporâneos e compartilhantes de gostos artísticos, jamais se conheceram, é corrigir um projeto que a História se esqueceu de terminar. Entre os aspectos que aproximam João Cabral de Amilcar de Castro está o privilégio da visualidade em sua poesia, que toma as palavras por sua materialidade de tinta sobre papel. Amilcar, por sua vez, também explora a metalinguagem da escultura, fazendo saltar à percepção aspectos como o peso e a conquista da terceira dimensão. O método comparativo, que é a própria técnica das símiles cabralinas, nos serve ainda para confrontar o projeto construtivo presente em ambos, mas que em Amilcar toma as peculiaridades da ruptura neoconcreta. Finalmente, a abordagem fenomenológica nos leva a descobrir na dobra literal em Amilcar e sob a forma de um desmonte interno da palavra em Cabral a contribuição fundamental para o projeto compartilhado de desnaturar a percepção humana. Promover tal encontro, entre esse escultor e esse poeta, é, deixadas de lado asnotórias diferenças, sobretudo asseverar as semelhanças que o minucioso Cabral, crítico do museu de tudo e todos, descuidou-se em realizar.

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Autoria                -                    Orientação       -       Grau -  Local - Data

MANO, Carla da Silveira       L. A. de Assis Brasil         Dr.  PUC/RGS   2006

Título: A tradição da negatividade na moderna lírica brasileira

Sinopse: Esta tese, visando à análise da tradição da negatividade na moderna lírica brasileira, propõe uma leitura de três obras significativas desse contexto: Eu e outras poesias de Augusto dos Anjos, A rosa do povo de Carlos Drummond de Andrade e O engenheiro de João Cabral de Melo Neto, através de uma perspectiva crítica que considera, apesar dos caracteres de composição distintos, a negação como elemento fundamental de suas estruturas. As pesquisas dos livros dos respectivos autores demandou uma visão dos paradigmas da cultura da Modernidade, mais especificamente da lírica moderna, seus precursores e suas principais características. A tradição e, especialmente, a questão da negatividade foi teoricamente examinada na sua natureza semântico-pragmática e na sua dimensão artística, a partir das reflexões de Hugo Friedrich, Alfredo Bosi e Theodor Wiesengrund-Adorno. A leitura propriamente das três obras principiou com o estudo dos poemas sob o ponto de vista lingüístico-formal e temático, e culminou com o exame do processo de negação e ruptura empreendido pelas mesmas. Interações intensas de cálculo e fantasia, de crítica social explícita e imanente, de tradicionalismo e Modernidade, tornam tais obras exemplares dentro da poesia brasileira

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

PINHEIRO, Carlos André     HUmberto H. de Araújo       Ms.   UFRGN   2008

Título: A doença de criar passarinhos: a lírica humanizadora de João Cabral de Melo Neto

Sinopse: João Cabral de Melo Neto sempre se mostrou avesso aos versos sentimentais e prolixos oriundos da tradição romântica. Por isso mesmo, grande parte de sua obra é caracterizada por um discurso objetivo, de orientação concretista e rigorosamente elaborado aspectos que lhe renderam o título de engenheiro da linguagem. Na verdade, o próprio poeta alimentava a fama de ser um homem frio e racionalista. A fortuna crítica tem analisado com tamanha freqüência a matéria lógica e o acabamento formal presentes na obra de Cabral de Melo, que o leitor pode ser induzido a identificá-la como mero verbalismo formal ou como uma poesia desprovida da vivência humana. Nesse sentido, examinamos neste trabalho os momentos em que o sentimento humano figura como matéria preponderante para a elaboração estética; com isso mostramos que a presença contumaz dos objetos concretos e a linguagem objetiva não anula a emoção que o sujeito sente ao descrever as cenas que compõem os poemas. A pesquisa é orientada pela premissa de que o poeta mantém uma postura nitidamente humanizadora ao bordar a experiência cultural e a experiência da vida sertaneja. As unidades temáticas que compõem o trabalho, portanto, mostram a representação do Nordeste brasileiro na obra de João Cabral ao mesmo tempo em que avalia o sentimento compassivo que o poeta nutre pela memória cultural de sua terra. Dentre os aspectos que compõem a sua lírica humanizadora, destacamos a recorrência da personificação para abordar algumas paisagens nordestinas o poeta não deseja fazer mera descrição topográfica da região porque esses lugares têm um valor sentimental para ele; a representação dos desejos e dos instintos humanos também é alcançada graças ao tom erótico com que o poeta descreve parte de sua região; depois, ele se mostra extremamente encantado e envolvido com alguns elementos culturais de sua terra, como a rede, a literatura oral e a música regional; a preocupação com a classe social explorada e a denúncia das más condições de vida no sertão também são índices que atestam a humanidade na obra do autor; por fim, a recordação de cenas da infância e a nostalgia de tempos remotos surgem como uma possibilidade que pode auxiliar na formação humana dos indivíduos

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

CORREIA, Éverton Barbosa   Fabio R.S. Andrade           Dr.       USP    2008

Título: A poética do engenho: a obra de João Cabral sob a perspectiva canavieira.

Sinopse: A produção de João Cabral de Melo Neto largamente conhecida pela problematização social, recortada histórica e geograficamente, constitui-se melhor quando considerada em função de seu acabamento formal, que se desdobra de diversas maneiras ao longo de sua trajetória. Essa ambivalência característica será aqui observada a partir da matéria canavieira, presente em quase toda a extensão da obra e que se concentra particularmente no livro Escola das facas. Eixo principal do trabalho, este livro oferece uma compreensão da poesia, que será acionada através da subjetividade poética configurada em meio ao universo familiar, pernambucano e historiográfico, que se embaralham para constituir uma experiência singular e que se alimenta da experiência histórica do autor e dos seus antepassados, convertidas em matéria de várias composições suas. Observando alguns poemas, pretende-se dispor de certa dimensão da expressão do poeta que se entrelaça na representação do universo canavieiro e na elaboração literária que lhe vem a ser característica.

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

GALVE, Fernanda R.          Maria Angélica Soler              Ms.   PUC/SP  2006

Título: Ser(tão) Severino: Memórias Poéticas de João Cabral De Melo Neto (1950-1960)

Sinopse: A presente dissertação faz uma articulação da História com a Literatura, numa reflexão do ser e da cidade do Recife. Tem como objetos de estudo o poeta João Cabral de Melo Neto e sua obra Morte e Vida Severina - Auto de Natal Pernambucano, de 1954, poema dramático que nos conduz ao fluxo do rio da vida severina e nos leva a refletir sobre questões sociais e históricas que procuram levantar um retrato das condições e dos problemas do homem nordestino. Ler a lógica de uma obra literária é um modo de ligar-se a uma realidade histórica e, ao mesmo tempo, reconhecer os processos biográficos e a busca da identidade do poeta João Cabral. Seu trabalho com a palavra se faz na construção das imagens e dos fatos, pois não existe para ele poesia sem os acontecimentos e sem História. Assim, a abordagem do contexto histórico que origina a obra literária se coloca como compreensão da própria obra. Poesia com a qual se estabelece um diálogo constante, na perspectiva de pensar conceitos importantes como espaço e cultura. Analisa-se, ainda, a junção entre história e literatura, evidenciando-se que a palavra poética apresenta tempos e memória. Neste caso, a pesquisa propõe um novo olhar histórico que se utiliza de uma obra poética como fonte. Pondera, também, uma obra literária como percepção crítica e histórica da sociedade de Pernambuco dos anos 50. Talvez este seja um caminho possível de contribuir para a superação do desvão que separa as paisagens de sonho

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

LINS, Juarez Nogueira      Sébastien Joachim                 Ms.     UFPE   2003

Título: Geografia e literatura: uma leitura interdisciplinar do Recife através da poesia de Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto

Sinopse: Este texto é um estudo interdisciplinar, no qual se inter-relacionam os pressupostos teóricos da Literatura e da Geografia, objetivando ampliar as possibilidades de interpretação de um mesmo espaço a partir de duas leituras. A cidade do Recife, este espaço, é o objeto de estudo, e as fontes são obras literárias - poemas - de três poetas recifenses: Manuel Bandeira, Carlos Pena Filho e João Cabral de Melo Neto. Os textos destes poetas tiveram como fonte de inspiração a paisagem geográfica, portanto, uma análise geográfica do poema é relevante para o estudo literário. Da mesma forma, a representação que os poetas fizeram desta paisagem geográfica traz elementos novos para o estudo geográfico. São duas leituras sobre a cidade, leituras que se complementam, com a literatura traduzindo o essencial das relações homem e espaço e a geografia subsidiando a interpretação dos textos literários que abordam o espaço recifense

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Autoria                   -                Orientação       -         Grau -  Local - Data

SANTIAGO, Lenise dos Santos   Francisco I. da Silva      Ms.    UFRGN  2007

Título: João Cabral de Melo Neto: a estética do avesso

Sinopse: A peça-poema Morte e vida severina Auto de natal pernambucano, de João Cabral de Melo Neto, publicada em 1956, é o principal objeto deste estudo, interagindo com as obras O cão sem plumas e O rio pela similaridade temática entre eles. O estudo a respeito destas obras busca uma leitura desvinculada do posicionamento construtivista e metalingüístico que por tradição configura a obra cabralina, não por negar a crítica literária que dá respaldo científico, mas com a pretensão de lançar um novo olhar direcionado para o conceito de barroco, matéria esta que envolve a criação poética a partir da segunda metade do século XX. Portanto, este trabalho apresenta uma proposta de análise da poesia de João Cabral a partir do contexto neobarroco. Considerando, sobretudo, os aspectos similares à temática do barroco, o enfoque recai sobre a influência da literatura ibérica sofrida pelo poeta João Cabral, bem como a temática sobre o conflito existencial explorado no texto Morte e vida severina, e, ainda, os extratos de linguagem com significação múltipla que apresentam signos metonímicos e metafóricos.
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Autoria                -                    Orientação       -       Grau -  Local - Data

PERDIGAO, Mariano da Silva   Paulo F. Henriques Brito  Ms.    PUC/RJ  2007

Título: Primeiros apontamentos da poesia brasileira do século XXI

Sinopse: Partindo da herança deixada pelo panorama poético do século XX, desde o movimento modernista, passando pelo impacto cabralino, até a chegada da poesia dos anos 90, esta dissertação analisa os poetas nascidos a partir de 1975 e estreantes em livro no século XXI, numa tentativa de mapear e marcar o primeiro momento poético brasileiro que vem se formando na primeira década deste novo milênio.

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

MACHADO, Micheliny V. P.   Vera Lúcia Bastazin           Ms.   PUC/SP   2006

Título: Confluências entre João Cabral de Melo Neto e Sophia de Mello Breyner Andresen: poesia das coisas e espaços

Sinopse:O presente trabalho pesquisa as relações entre os projetos literários de João Cabral de Melo Neto e Sophia de Mello Breyner Andresen. Partindo da constatação de que ambos estabeleceram um diálogo poético profícuo, abordamos questões que julgamos fundamentais para o estudo comparado de suas obras: a importância dada às coisas como objeto referencial, o papel predominante da realidade e os modos de construção do espaço poético. Essas categorias são articuladas durante o exame dos poemas, num processo de investigação das aproximações e/ou diferenciações temáticas, metafóricas e vocabulares

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

FASSI, Regiane Cristina     Maria A. Junqueira                Ms.   PUC/SP  2007

Título: Metáforas de tempo e memória em João Cabral de Melo Neto

Sinopse: O objetivo desta dissertação é estudar os procedimentos de construção de imagens poéticas, que tem a fonte criadora em sua visualidade, ou seja, na criação de imagens, relacionadas com o tempo e com a memória na obra de João Cabral de Melo Neto. De sua obra, recolhemos os poemas escritos a partir de Museu de tudo (1974); dessa obra selecionamos o poema O Profissional da Memória; de A Escola das Facas (1980), Prosas da Maré na Jaqueira e Menino de Três Engenhos; de Crime na Calle Relator (1987), O Circo e Cenas da Vida de Joaquim Cardozo. Para analisar os poemas, realizamos um estudo sobre a importância que o tempo e a memória adquiriram ao longo da existência humana e sobre as figuras de linguagem relacionadas ao discurso metafórico. Na análise dos poemas, buscamos apreender como João Cabral de Melo Neto traduz, em seus poemas, concepções de tempo e memória. Verificamos que tempo e memória, em poemas cabralinos, são traduzidos em imagens, vivificados em diferentes metáforas. O trabalho está dividido em três capítulos. O primeiro aborda questões sobre tempo e memória, e a preocupação com os efeitos provocados pelo tempo e o papel da memória, na tentativa de preservar os acontecimentos contra os efeitos causados pelo esquecimento. O segundo descreve a trajetória da metáfora e seus desdobramentos. O terceiro apreende os procedimentos metafóricos na construção de imagens de tempo e memória nos poemas. Entre outras conclusões, verificamos que as preocupações relativas ao tempo e à memória, surgidas no princípio da carreira do poeta, transformaram-se, atingindo caráter obsessivo, na tentativa de apreender a efemeridade do tempo e as conseqüências que acarreta

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

CARVALHO, Ricardo Souza    João Adolfo Hansen           Dr.      USP   2006

Título: Comigo e contigo a Espanha: um estudo sobre João Cabral de Melo Neto e Murilo Mendes

Sinopse: Murilo Mendes e João Cabral de Melo Neto, em vários momentos de suas trajetórias, mantiveram um diálogo para ressaltar as evidentes diferenças ou para incorporar procedimentos. A Espanha é o ponto central desse intercâmbio, comparecendo tanto como tema, quanto como parâmetro literário e pictórico para as poéticas de ambos. Além disso, estabeleceram contato com importantes escritores e artistas plásticos espanhóis, entre as décadas de 40 e 60. A referência da Espanha configura determinadas especificidades dos dois poetas em relação à poesia brasileira do século XX.

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

VERNIERI, Susana       Maria do Carmo A. Campos         Dr.   UFRGS   2002

Título: O toque da flauta : uma leitura de João Cabral de Melo Neto

Sinopse: Este trabalho, a partir da análise da obra completa de João Cabral de Melo Neto, busca mostrar como o poeta pernambucano venceu o silêncio que o ameaçava desde os primeiros versos. A conquista de sua voz se dá quando o autor empreende uma volta ao passado, às origens de línguas e literaturas ibéricas num movimento diacrônico. É nesta viagem no tempo que ele encontra formas que sejam capazes de resistir à contemporânea crise da linguagem e que também lidem com a própria questão da linguagem enquanto forma de expressão humana. A tese ainda questiona a posição de Cabral quanto à tradição poética nacional.

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Autoria                -                Orientação       -            Grau -  Local - Data

SANTOS, Abraão Jr. C.    Marcos J. Muller-Granzotto       Ms.  UFSC  2008

Título: Antilirismo e Fala Falante: um olhar Merleau-pontyana sobre a metapoesia de João Cabral

Sinopse:

Neste trabalho, apresentamos uma possibilidade de leitura do fenômeno literário, baseada na conjunção entre a reflexão literária de Maurice Merleau-Ponty e a metapoesia de João Cabral de Melo Neto, visto ambos concederem um relevado destaque aos aspectos contingentes da experiência expressiva com a palavra, reconhecendo, portanto, para essa mesma experiência, e a despeito das formas de reflexão e poetar ditas sagradas ou absolutas, uma valorização incomum da ordem artesanal e sempre inacabada do fazer. Essa atitude, que reconhecemos tanto no poeta quanto no filósofo - pautada, ainda, pela não adesão seja às teses consagradas por uma certa tradição, seja àquelas oriundas das próprias críticas dirigidas às formas de reflexão e de composição por eles mesmos instaurados - está, no texto, mediada por uma proporcionalidade não só conceitual mas também plástica, gráfica e visualmente estabelecida, por entre as teses apresentadas, a partir da apropriação de alguns princípios norteadores da pintura neoplástica de Piet Mondrian - uma das afinidades eletivas do percurso antilírico de João Cabral.

                                

 

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