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Academia - Autores
Lima Barreto

Autoria                -            Orientação       -           Grau  -  Local  –   Data

CHAVIN, Jean-Pierre       Marcus Vinicius Mazzari        Dr.       USP      2006

Título: O poder pelo avesso: mandonismo, dominação e impotência em três episódios da literatura brasileira

Sinopse: Este trabalho pretende anotar comparativamente Memórias de um Sargento de Milícias (1855), O Alienista (1882) e Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá (1919), com vistas a resgatar também a contribuição de estudiosos predecessores. Três obras a fornecer subsídios sobre o que pode haver de cômico e sério, no material do mundo de verdade, re-trabalhado sob a ótica de escritores que empregaram a Corte ou a República como cenário. Autores que, ao configurar tais personagens, nutriram-se de expedientes através dos quais os textos dialogam, em alguma medida, entre si: a anedota zombeteira, patente em Almeida, combina-se à crônica à beira do inverossímil, na novela de Machado. À parte o riso que despertam, estão possivelmente próximos, não apenas do ponto de vista estilístico, do romance de Lima. Nos três casos, os enredos se constituem a partir dos retratos e trajetórias das figuras centrais, todas mais ou menos deslocadas frente às convenções sociais. Em seu tempo e à sua maneira, Almeida, Machado e Lima traçaram paralelos entre certos procedimentos de suas personagens e aqueles dos homens não-ficcionais: uns e outros vivendo à base de fachadas. Literatura a desmontar o palco Brasil, para divertimento e drama dos leitores.

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Autoria                 -                 Orientação    -            Grau -  Local  - Data

NICKEL, Elisa Hickmann    Francisco Foot Hardman      Ms.  UNICAMP  2009

Título: Cyro dos Anjos, Lima Barreto e a representação do funcionário público na literatura brasileira.

Sinopse:

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Autoria                -            Orientação    -      Grau   -     Local   –   Data    

FREITAS, Luciana G. L.       Ricardo Araújo       Ms.            UNB         2001     

Título: Lima Barreto e a primeira república: uma leitura da sátira na crônicas de Os Bruzundangas

Sinopse:

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Autoria                  -                  Orientação     -       Grau  -  Local  - Data

BERTOLAZZI, Carlos José         Ana MAria L. Mello             Ms        UFRGS    2008

Título: Lima Barreto: representações, diálogos e trajetórias literário-culturais

Sinopse: O presente trabalho tem como objetivo analisar como se apresentam e estão representados os universos sociais, políticos e culturais da cidade do Rio de Janeiro, durante a Primeira República, nas narrativas de Lima Barreto. O estudo procura apontar, na leitura das obras do autor, como ele se opõe à imagem construída pela elite republicana de um Estado moderno e de um Rio civilizado, revelando as marcas literárias dessa contraposição. Dessa forma, busca-se evidenciar, na dissertação, as estratégias de oposição ao poder da elite política e caracterizar as concepções de literatura do escritor, relacionando-as ao cotidiano das comunidades urbanas e suburbanas cariocas desse período histórico. A pesquisa se propõe ainda a realizar uma aproximação teórica e metodológica entre Literatura e História que viabilize a percepção e o entendimento dos textos de Lima Barreto, no contexto cultural e social em que foram produzidos.

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Autoria                 -                  Orientação     -       Grau  -  Local  - Data

SILVA, Luiz                Francisco Foot Hardman          Dr.      UNICAMP 2005

Título: A consciencia do impacto nas obras de Cruz e Sousa e de Lima Barreto
Sinopse: 
As obras de Cruz e Sousa e Lima Barreto incorporaram estratégias semelhantes para enfrentar os desafios da circunstância histórica do final do século XIX. Em face do processo de exclusão racial enraizado nos séculos precedentes, através do escravismo, os mencionados autores desenvolveram, no âmbito poético e ficcional, a consciência do trauma coletivo e de suas conseqüências na vida cotidiana. No grande empenho da intelectualidade brasileira do citado período para consolidar um projeto de nação, ambos os autores participaram, com seus textos literários, colocando em questão os propósitos racistas predominantes, e, de forma diferenciada, apresentaram um sujeito étnico do discurso baseado na experiência existencial afro-brasileira. Realizaram, assim, um enfrentamento ideológico e estético, construindo uma identidade plural capaz de assumir as vivências de diversos segmentos sociais oprimidos, por meio de projetos literários libertários que incorporavam a contradição e a ambigüidade. Seus escritos de outra natureza também reforçaram as suas concepções vinculadas aos textos poéticos e ficcionais

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Autoria            -                    Orientação    -     Grau  -  Local  - Data LIMA, Elizabeth Gonzaga de  Vilma S. Areas        Mr.     UNICAMP 2001

Título: Avesso de utopias : os bruzundangas e aventuras do doutor Bogoloff
Sinopse: propósito dessa dissertação é analisar a sátira nas obras, Os bruzundangas e Aventuras do doutor Bogóloff, do escritor Afonso Henriques de Lima Barreto. Busco compreender, ao longo da análise, a presença dessa estética de contestação sóciopolítica como representação no plano formal e estilístico do caos brasileiro na virada do século XIX. Além disso, procuro mostrar de que maneira o autor se valeu do gênero satírico como estratégia de contra-utopia para desmascarar o modelo de civilização e cultura adotado pela Primeira República brasileira

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Autoria                    -                    Orientação    -     Grau  -  Local  - Data

LIMA, Elizabeth Gonzaga de     Vilma Sant'Anna A.    Dr.   UNICAMP 2005    

Título: Fragmentos do eu : a escrita intima em Lima Barreto

Sinopse: Este trabalho investiga a escrita autobiográfica no contexto de fins de século XIX na literatura brasileira. A análise propõe como base a escrita íntima de Lima Barreto em suas diversas formas, em particular, O diário do hospício e o romance inacabado O cemitério dos vivos, frutos da experiência de internação do escritor no Hospício Nacional de Alienados no Rio de Janeiro, entre 25 de dezembro de 1919 e 2 fevereiro de 1920. A singularidade dessas obras nos quadros de nossa literatura reside no ângulo de observação dos narradores, que se desenvolve no interior do manicômio. À medida que ingressam nos domínios da loucura, no espaço idealizado pela medicina psiquiátrica para a ?cura", a experiência ganha dimensões sombrias e dramáticas. Tais confissões - fragmentos da intimidade de Lima Barreto recolhidos ali ou nas lembranças do mundo exterior - refletem a vida brasileira daquele período. E essa tangência entre biografia e arte ilumina um de seus pressupostos mais caros, o exercício de uma literatura comprometida com o social - contar a própria dor e marginalização é também contar o sofrimento e a exclusão do outro. Essa espécie de prisma confessional, projetado do conjunto de sua obra para a sociedade, desvela o projeto anunciado e executado pelo escritor, a militância literária e a absoluta sinceridade, ideais que contribuem na construção do grande mosaico que é a cultura e a literatura brasileira

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

SILVA, Elizabeth C. N.        João Hernesto Weber        Ms.       UFSC   2003

Título: Lima Barreto: rupturas

Sinopse: Pretende-se, ao longo desta dissertação, destacar a noção de ruptura a alimentar a obra de Lima Barreto. Para tanto, investiga-se primeiramente a fortuna crítica existente sobre Lima Barreto, tanto aquela vigente a sua época, como a posterior. Busca-se, a seguir, na contramão da crítica instituída, indicar aquelas que seriam as rupturas perpetradas por Lima Barreto, tanto em termos estéticos como ideológicos, momento em que se inverte, de certa maneira, o sinal da crítica: aquilo que ela apontava como defeito bem poderia ser mérito de Lima Barreto. Testamos esse ponto de vista na leitura mais detida de um dos romances de Lima Barreto, o Triste fim de Policarpo Quaresma, e, depois, em observações esparsas em torno de sua obra e de suas posturas estéticas e ideológicas. Trilhado esse caminho, restava uma questão, entre outras: a necessidade de situar a obra de Lima Barreto no contexto da literatura brasileira, em que Lima Barreto aparece, normalmente, como um autor "pré-modernista". Contesta-se, no corpo do texto, tal enquadramento, indicando-se, no contraponto, a modernidade e atualidade de Lima Barreto, ao assumir ele, em termos de expressão artística, a ótica dos marginalizados, ou a do que se poderia denominar de "bloco popular" da sua época.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

VERANI, Ana Carolina     Antonio E.M. rodrigues             Mr.  PUC/RJ   2003

Título: O TRISTE FIM DE LIMA BARRETO: LITERATURA, LOUCURA E SOCIEDADE NO BRASIL DA BELLE ÉPOQUE

Sinopse: O objetivo do trabalho é, a partir da análise de algumas obras, escritos pessoais, artigos e crônicas de Lima Barreto, estabelecer uma relação entre aqueles personagens criados por Lima Barreto que têm, de alguma forma, umaligação com a loucura, e a visão questionadora do escritor a respeito do novo cenário urbano que se desenvolvia, levando em conta dois aspectos fundamentais: a concepção de literatura defendida pelo escritor, que era de umaliteratura utilitária, capaz de contribuir para o combate às distorções do regime republicano, e o momento de consolidação da psiquiatria, ressaltando as críticasdo escritor ao caráter discriminatório da ciência no início do século XX

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

FREITAS, Celi Silva Gomes de    André Nunes A.            Dr.       UERJ  2008 

Título: Troça e campanha: imagens urbanas das relações sociais de sexo no Rio de Janeiro da virada do novecentos

Sinopse: aborda as tensões entre misoginia e resistência nas relações sociais de sexo, no tempo-espaço das décadas iniciais da Primeira República na cidade do Rio de Janeiro. Na perspectiva da História Política renovada, a pesquisa insere-se na linha de Política e Cultura e assume o caminho teórico-metodológico interdisciplinar, acolhendo as contribuições da teoria da Análise do Discurso de base francesa para a interpretação das fontes documentais. O corpus de análise é o discurso de Afonso Henriques de Lima Barreto, referenciado nas crônicas publicadas originalmente em periódicos cariocas. À medida que propõe novos caminhos e novas abordagens para o debate acadêmico contemporâneo acerca do entrecruzamento dos olhares entre História e Linguagem, a tese pode ser considerada inédita.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

FATORI, Danusa da M. D.    Maria Isabel E. Pires              Ms.   UNB    2006

Título: Lima Barreto e Oswald de Andrade nos descaminhos da modernidade

Sinopse: Este estudo estabelece uma comparação entre as obras de dois importantes escritores e intelectuais brasileiros do início do século XX, Lima Barreto e Oswald de Andrade, com o objetivo de verificar a forma como ambos enfrentaram as forças modernizadoras que se impuseram no nosso país no início do século XX. Com base, principalmente, nos textos Recordações do Escrivão Isaías Caminha, O Diário íntimo, Triste fim de Policarpo Quaresma, Impressões de Leitura e Os Bruzundangas do primeiro autor; e Memórias Sentimentais de João Miramar, Um homem sem profissão: sob as ordens de mamãe, Do pau-brasil às utopias e à antropofagia, Serafim Ponte Grande e O perfeito cozinheiro das almas deste mundo, do segundo autor, identificaram-se as bases dos projetos literário e nacional de ambos os autores. Verificaram-se ainda as relações existentes entre os projetos de Lima Barreto e os de Oswald de Andrade, e entre estes e o processo de modernização implementado pela elite do nosso país naquele período. Para tanto, avaliaram-se o tratamento dado à memória e ao espaço urbano, as posições dos autores frente à língua nacional e à linguagem literária, além do confronto estabelecido nos textos entre as novidades da cultura européia e a nossa tradição. Analisou-se também o ambiente histórico e cultural em que foram produzidas as obras a fim de permitir a melhor compreensão das relações que mantiveram com o processo de modernização do país.
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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

MARTINS, Eliete Marim          Ana Laura R. Corrêa        Ms.       UNB   2008

Título: Diário íntimo-documento da memória, criação estética - uma dupla leitura

Sinopse: O presente trabalho constitui um estudo de Diário íntimo de Lima Barreto. Publicado primeiramente em 1953 pelo organizador da obra completa de Lima Barreto, o livro constitui uma reunião de notas, esboços de romances e apontamentos ideológicos que construíram a vida do escritor. Em Diário íntimo é possível observar as relações contraditórias que cercavam o Brasil do início do século XX. Entendendo a arte literária como aquela capaz de internalizar esteticamente o processo social, e, levando em consideração o fator peculiar do escritor de oscilar entre os aspectos particulares e os coletivos, tenciona-se registrar as relações entre o homem carioca Afonso Henriques de Lima Barreto e a sua obra. Como uma das verificações sobre o escritor é a de que suas obras estão repletas de dados biográficos, pretende-se analisar como esses dados se misturam e se combinam com a arte da palavra. Para quem buscou, pela literatura, cumprir uma missão direcionada ao desmascaramento dos males sociais, Diário íntimo constitui um livro merecedor de uma análise que priorize um olhar sobre as tensões entre o homem e o escritor.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

FURTADO, Fabiana Câmara   Yaracylda O.F. Coimet      Ms.      UFPE    2003

Título: Perfís da Belle Époque brasileira: uma análise das figuras femininas em Lima Barreto

Sinopse: Por apontar na sua obra, os mecanismos utilizados pela ideologia de sua época para limitar a participação feminina na sociedade, Lima Barreto oferece um corpus bastante fértil para a análise da mulher na Belle Époque brasileira. Através das suas personagens femininas é possível verificar os papéis destinados às mulheres que, nesse contexto histórico-social, assumiam uma posição subalterna em quase todos os setores da sociedade. Como material para essa análise foram usados dois romances do autor: Numa e a Ninfa e Clara dos Anjos. No primeiro, foi analisada a mulher burguesa e no segundo, a mulher negra e a suburbana. No estudo das figuras femininas dos romances citados e de outras obras utilizadas, é possível constatar que o autor denuncia as opressões sofridas pelas mulheres da sua contemporaneidade. Para a abordagem teórica do corpus recorremos ao conceito de gênero formulado por Joan Scott que se encontra no ensaio: Gênero: uma categoria útil para a análise histórica; além da contribuição de outras estudiosas sobre o assunto, como Kate Millet que analisa a estrutura do Patriarcado no texto Uma Política Sexual e de Gayle Rubin com o seu artigo Tráfico de mulheres: notas sobre a economia política do sexo, assim como, aos (às) historiadores (as) que se debruçaram sobre a época em questão

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GALINDO, fabiana D. Viegas   Maria de Piedade M. S    Ms.      UFPE   2007

Título: A polifonia nas crônicas de Lima Barreto

Sinopse: Nesse trabalho, partimos da hipótese de que não só no gênero romanesco podemos detectar a polifonia, mas também em outros gêneros discursivos; no gênero crônica, por exemplo, objeto de nossa pesquisa, é possível identificar a ocorrência desse fenômeno. O nosso objetivo no presente trabalho é analisar as crônicas de Lima Barreto publicadas em revistas e jornais do início do século XX, observando de que forma se revela a polifonia nesses textos, ou seja, as várias vozes que se deixam entrever no discurso do cronista e os mecanismos lingüísticos utilizados por ele para o surgimento dessas vozes. Optamos por esse gênero literário, especificamente de Lima Barreto, não só pelo valor documental e histórico desses textos que revelam fatos sociais e históricos do Brasil da Primeira República, mas principalmente por essas crônicas nunca terem sido objeto de estudo e da análise dos críticos, que sempre priorizaram os romances desse escritor não conferindo às crônicas seu valor e importância merecidos. Para o desenvolvimento dessa pesquisa, adotamos o conceito de Bakhtin (2004; 2005) e Ducrot (1987) no que diz respeito à polifonia, como também os estudos de Cândido (1992), Sá (2002) e outros autores sobre o gênero crônica. Analisamos um corpus de vinte e cinco crônicas, e chegamos à conclusão de que a polifonia é um fenômeno recorrente na maioria das crônicas barretianas, no entanto, salientamos que nesse tipo de gênero ela não se manifesta de forma intensa como assim verificou Bakhtin nos romances de Dostoiévski

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FURNIEL, Fernanda       Osvando José de Morais       Ms.   Mackenzie  2006

Título: Policarpo e Juarez: duas trajetórias nacionalistas - de Triste Fim a Tudo Bem

Sinopse: A partir do estudo das obras, Triste fim de Policarpo Quaresma (1915) e Tudo bem (1978), situadas em campos sígnicos distintos: o literário e o fílmico, buscaremos estabelecer semelhanças e diferenças, um diálogo entre as personagens principais: Policarpo Quaresma e Juarez Ramos Barata que revelam ricas e conflitantes trajetórias nacionalistas. Para tanto enfocaremos Lima Barreto e sua obra literária; o Cinema como sétima arte, o movimento Cinema Novo; Arnaldo Jabor e suas obras. Ao buscar um diálogo entre os dois campos, o literário e o fílmico, analisaremos as duas narrativas e as personagens de ficção. Apoiando-nos nos estudos bakhtinianos principalmente no que diz respeito à ideologia na linguagem, à polifonia e à carnavalização

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CASOTTI, Janayna Bertollo C.  Sueli C. Marquesi           Ms.    PUC/SP  2003

Título: Intertextualidade em eventos sociais de leitura: construção de sentidos na obra Triste Fim de Policarpo Quaresma

Sinopse:   Esta dissertação insere-se na linha de pesquisa Leitura e Redação e tem por tema o papel da intertextualidade na construção de sentidos de um texto. Partindo do pressuposto de que as relações co-textuais não dão conta da produção de sentidos por parte do leitor, buscamos definir estratégias que permitam o trabalho com a intertextualidade em situações de leitura. Assim, justificamos esta pesquisa pela importância de se estabelecerem estratégias intertextuais para o que não pode ser resolvido intratextualmente. Para isso, buscamos, primeiramente, as bases teóricas que fundamentam a visão de intertextualidade como construção social, considerando os trabalhos de Bakhtin (1929), Kristeva (1977), Jenny (1979), Beaugrande e Dressler (1981), Maingueneau (1987), Koch (1989), Bloome e Egan-Robertson (1993), Maybin e Moss (1993), Marquesi (1994), Zanotto (1995) e Palma (1998). Em seguida, procuramos analisar o contexto de produção da obra que constitui o corpus da pesquisa, Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto, a fim de determinar os temas nela tratados e selecionar textos atuais com temáticas afins, os quais permitiriam o estabelecimento de relações intertextuais e interdiscursivas. Depois, realizamos uma investigação empírica, por meio da qual pudemos verificar como os leitores constroem os sentidos de um texto pela mediação de outros textos e constatar como essa prática de leitura amplia significativamente seus respectivos universos de conhecimento. Os resultados obtidos demonstraram que a leitura de textos atuais, extraídos da Folha de São Paulo e das revistas Veja, Isto é e Problemas Brasileiros, bem como a interação verbal, interposta entre a leitura de Triste Fim de Policarpo Quaresma e a atividade de retextualização, constituem, de fato, estratégias que permitem a prática da intertextualidade, podendo esta ser construída socialmente pela relação que os leitores estabelecem entre um texto e outro(s), que já tenham lido ou ouvido, no decurso da interação verbal. Desse modo, a pesquisa realizada, ao corroborar a importância de um trabalho com leitura, que considere a intertextualidade como um processo passível de se instaurar na dinâmica de interação verbal, traz contribuições para o ensino de Língua Portuguesa e abre perspectivas para novas investigações na área
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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

MATIAS, José Luiz                Carmen Lúcia N. de F.       Ms.        UERJ  2007

Título: Vida Urbana, Marginália, Feiras e Mafuás: a modernidade urbana nas crônicas de Lima Barreto

Sinopse: O trabalho objetiva analisar as crônicas de Lima Barreto, sob a perspectiva da inserção do Brasil na modernidade das primeiras décadas do século XX, diante dos impactos ocorridos no país durante a Primeira República, tais como o avanço técnico, o cientificismo, o cosmopolitismo, a reurbanização do Rio de Janeiro e outros aspectos que avassalavam principalmente o cotidiano da sociedade urbana à época. O corpus dessa pesquisa são as crônicas de Lima Barreto extraídas dos livros Feiras e Mafuás, Marginália e Vida Urbana, cujo critério de seleção se orientou pela maior possibilidade de mostrar a representação das manifestações culturais em contraponto com a modernidade compulsória do Rio de Janeiro; a crônica na interface da imprensa com a literatura; a reflexão sobre os aspectos culturais nas crônicas de Lima Barreto e a crônica em diálogo com as imagens do cotidiano. Para tanto, a abordagem teórica busca conceituar a modernidade, e seus desdobramentos no Brasil, a partir dos pensadores da cultura brasileira e dos críticos que estudam a crônica e a imprensa do início do século XX. Tendo como referência a obra de Lima Barreto, reflete-se também sobre o papel do intelectual, como mediador e intérprete da modernidade e suas tensões.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

BARROS, Luiciana Hidalgo   Gustavo B. Krause              Dr.      UERJ  2007

Título: Lima Barreto e a literatura de urgência: a escrita do extremo no domínio da loucura.

Sinopse: Nesta tese desenvolve-se o conceito literatura da urgência para definir o tipo de escrita realizado sob estados de emergência, situações-limite: no caso específico de Lima Barreto, serve de base para a análise do Diário do hospício produzido pelo autor em 1919-20, quando esteve internado no hospício Pedro II, no Rio de Janeiro. Demonstra-se como esta literatura nasceu conspurcada, contaminada pela loucura e pela rotina no manicômio, sendo simultaneamente uma escrita de si (conceito de Foucault) criada para defender o eu acuado ante a instituição e um documento de valor histórico capaz de denunciar, pelo viés do paciente, minúcias do dia-a-dia psiquiátrico normalmente ausentes da literatura oficial do hospício. Desvela-se ainda como esta urgência contagiou outros escritos de Lima Barreto, tornando-o autor de uma literatura-alforria que transgrediu códigos e esgarçou limites entre vida e obra, pele branca e negra, pobreza e riqueza, ignorância e cultura, literatura popular e erudita, lucidez e loucura.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

SILVA, Pedro Santos da  Erson M. de Oliveira              Ms.   PUC/SP  2007

Título: Afonso Henriques de Lima Barreto e o mito da identidade nacional

Sinopse:O objetivo geral deste trabalho consistiu em resgatar a obra de Afonso Henriques de Lima Barreto, escritor de valor inestimável, precursor do modernismo brasileiro, mas que, a despeito de tais qualidades, foi execrado pela crítica de sua época. Para isso, reconstituímos sua trajetória e o contexto histórico de sua época, visando a analisar alguns mitos que o estigmatizavam e influíram de modo negativo na apreciação de sua obra. Pesavam sobre o escritor as acusações de desleixado, vingativo, incompetente e alcoólatra, numa época em que uma obra era avaliada sob o prisma do biografismo e tida como um reflexo da vida do escritor. A seguir, procuramos demonstrar a importância da obra de Lima Barreto no processo de construção da identidade nacional. Mostramos que, desde os primórdios da literatura pátria, os escritores tomaram para si o papel de construí-la. Essa formulação, entretanto, foi marcada pela ideologia do colonialismo, com a exclusão étnica e social do negro, do índio, do mestiço e do branco pobre. A literatura militante de Lima Barreto desvela essa ideologia, sustentáculo da identidade nacional idealizada, e, contraditoriamente, abre precedentes para que ela seja reconstruída na modernidade. Para que a ruptura operada por Lima Barreto fosse compreendida, traçou-se um painel com o pensamento de escritores, críticos e intelectuais que se ocuparam dessa questão. Nessa perspectiva, analisamos duas obras capitais de Lima Barreto: Recordações do escrivão Isaías Caminha e Triste fim de Policarpo Quaresma, cujos protagonistas, ao estabelecerem um confronto entre o Brasil real e o formal, revelam, em tom irônico e sarcástico, as mazelas do país comandado por elites que as ocultam, por meio do discurso oficial, para satisfazerem interesses particulares e escusos. O tom caricatural da obra de Lima Barreto não a torna superficial, como afirmavam seus contemporâneos, mas reveladora dos sentimentos e do caráter nacional

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

RAMALHO, Regina Célia      Jarbas V. Nascimento          Ms.  PUC/SP   2007

Título: A língua e a história no conto literário de Lima Barreto

Sinopse: Esta Dissertação tem como tema o estudo da língua, da história e das marcas do Pré-modernismo e toma como objeto de pesquisa o conto literário de Lima Barreto, produzido no segundo decênio do século XX. Trata-se de uma pesquisa que estuda a Língua Portuguesa em uso no Brasil, privilegiando as marcas lingüísticas de ruptura com a língua formal, que constituem os recursos estilísticos de Lima Barreto, expressas no conto Harakashy e as Escolas de Java. Nossa pesquisa se insere na área da Historiografia Lingüística, nas perspectivas postuladas por Konrad Koerner, cujo processo de análise de documentos é favorecido pela interdisciplinaridade entre a Lingüística e a História. Assim, podemos recuperar nesse documento literário aspectos da realidade sociocultural por meio da interpretação da língua. Nesse período de transição para o Modernismo brasileiro, a nossa amostra se configura como um documento rico em informações para o trabalho do historiógrafo da língua, pois na análise da organização estrutural e macroestrutural do conto é nítida a influência cultural, histórica e até mesmo político-social desse período de produção literária. O gênero textual, tomado aqui como estudo, apresenta algumas das mudanças histórico-lingüísticas que se refletiram na Língua Portuguesa, registrada pelo autor, o que ainda caracteriza suas manifestações antipuristas em meio aos acadêmicos da época. Ao fazer uso da metalinguagem para reportar-se à própria língua, Lima Barreto principia uma inovação frente às questões lingüísticas do início do século XX, além de retratar os problemas cotidianos da sociedade brasileira. No conto em análise, encontramos uma temática polêmica para a época em que foi produzido, pois o autor introduz na narrativa questionamentos sobre o que é humano, assumindo um tom de denúncia dos fatos da realidade social, proferidos pela ficção

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

DIAS, Regina M. Santos    Esther Maria M. Arantes       Dr.   PUC/SP   2003

Título: MALÍCIA, PERÍCIA E POLÍCIA: MANOBRAS SUBJETIVANTES NAS RUAS DO RIO DE JANEIRO

Sinopse: Os estudos acerca dos modos de subjetivação incitam uma ampla investigação sobre as linhas em que se engendra uma determinada sociabilidade. Em atendimento a tais propósitos, analisa-se a cena republicana dos anos iniciaisdo século XX, caracterizada por grandes transformações da cidade a entrecruzarse no cotidiano das camadas populares. Pelo mesmo motivo, se impõe dedicada pesquisa sobre a literatura de Lima Barreto obra que realça a reordenaçãopolítica, a racionalidade cientificista e o exibicionismo literário, como diagrama privilegiado em que se enreda o panorama da modernização e as novas práticas de modelização da subjetividade. Estudos literários e historiográficos que adotam percursos diversos dos aqui trilhados traçam do romancista e de sua obra categorizações que aprisionam aescritura e identificam um certo Lima Barreto, permitindo a evidência de alguns limites metodológicos. Enveredar no caminho pavimentado pela genealogia e pela ontologia dadiferença exige considerar a estética barretiana como uma máquina de guerra a travar combates ético-político-literários nas ruas do Rio de Janeiro. Michel Foucault, Gilles Deleuze e Félix Guattari oferecem as ferramentasconceituais necessárias à construção de uma cartografia traçada na potência disruptiva do texto barretiano, e transformadora da clássica maneira de se abordaras tematizações da subjetividade. Partilhar esse tipo de perspectiva exige ousadia e abandono, aliás os mesmos requisitos que o processo da escrita solicita para quem nele se deixa capturar. Condições estas igualmente indispensáveis a uma tese que se tece no encontro com a singularidade de uma literatura militante, o nome próprio Lima Barreto.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

CERQUEIRA, Roberta C.    Margarida de S. Neves        Ms.     PUC/RJ  2002

Título: LIMA BARRETO E OS CAMINHOS DA LOUCURA. ALIENAÇÃO, ALCOOLISMO E RAÇA NA VIRADA DO SÉCULO XX

Sinopse: O trabalho tem como objetivo analisar a loucura na cidade do Rio de Janeiro no final do século XIX e início do século XX, bem como os temas que com ela se relacionam tais como raça, alcoolismo e hereditariedade, através da lente doescritor-paciente Afonso Henriques de Lima Barreto, privilegiando os escritos ficcionais e autobiográficos do autor. A pesquisa procurou inserir o registro doparticular, isto é, de um indivíduo que sofreu na própria pele a discriminação e o tratamento destinado aos que eram considerados doentes mentais, de forma que o estudo possa ser visto e examinado dentro de uma perspectiva mais ampla. A dissertação foi dividida em três momentos: a tentativa de estabelecer uma analogia entre a experiência da loucura e aquela vivida por todos os habitantes do Rio de Janeiro nos primeiros anos do século XX, a análise das concepções médicas e científicas sobre a loucura e a presença do tema nos textos do autor e, por último, o convívio do romancista com a loucura no espaço doméstico e também no Hospício Nacional de Alienados.
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Autoria                   -           Orientação        -    Grau   -  Local    -   Data

PIMENTA, Shyrley      Caio Cesar S. Camargo P.   Ms.   UFUberlândia  2007

Título: Psicanálise e literatura : o corpo humilhado em Lima Barreto

Sinopse: Este trabalho busca investigar e tecer considerações sobre o corpo humilhado na vida e na obra do escritor Lima Barreto. Para tanto, empreende um diálogo entre Psicanálise e Literatura, recorrendo, entre outras, às formulações teóricas de Birman, Freud e Lacan. São discutidas as formas privilegiadas de subjetivação na modernidade, tais como o narcisismo, o masoquismo e a servidão voluntária, como formas de proteção contra o desamparo, desencadeado no sujeito a partir da humilhação infligida à figura paterna no Ocidente, bem como a emergência do modernismo, que coloca em xeque o eu e a consciência, sublinhando o inconsciente e a Psicanálise como discursos críticos da modernidade. O estudo investiga, no mesmo contexto da modernidade, o processo de subjetivação do escritor Lima Barreto, as formas de defesa por ele assumidas para enfrentar o desamparo e as humilhações que lhe foram infligidas, sobretudo as decorrentes da sua cor e classe social. Através da reconstrução biográfica e da leitura, análise e interpretação das obras do escritor, buscou-se evidenciar as formas de enfrentamento do real por ele assumidas, notadamente a função da escrita literária. Conclui-se que as tentativas do escritor de reconstruir a própria singularidade, de fazer frente ao traumático da própria existência, via processo da criação literária, revelaram-se impotentes, diante da submissão voluntária ao registro da servidão: a cultura da época, ao trabalho burocrático, ao Estado, ao gozo mortífero, proporcionado pelo uso abusivo do Álcool. O autor não conseguiu ordenar e dar sentido ao caos da própria existência, deixando-se tragar pelo vazio, pela pulsão de morte que o acompanhou desde a infância, não lhe permitindo perlaborar as perdas, o luto, o desamparo, o legado trágico da própria história pessoal e do contexto sócio-histórico em que viveu.
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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

SANTANA, Suely Santos     Florentina da Silva Souza     Ms.      UFBA  2005

Título: Uma voz destoante na rua do ouvidor: Lima Barreto e a representação das relações raciais no início do século XX.

Sinopse: Essa dissertação analisa alguns textos do escritor afro-brasileiro Lima Barreto, a partir de uma abordagem que leva em consideração a posição do escritor no início do século XX, fazendo aproximações com os Estudos Culturais e as teorias sobre entre-lugar. Para tanto, alguns textos foram lidos como momentos de desvios e rupturas do discurso do escritor em relação aos discursos que inferiorizaram o afro-brasileiro e contribuíram para a sua permanência nos lugares mais desprestigiados do espaço social. Os objetivos principais desse trabalho são estudar analítica e criticamente trechos da produção textual do autor, apreciar representações dos afro-brasileiros e de suas relações sociais no período pósabolição, elaboradas pelo escritor que transitava entre o mundo culto das Letras e o mundo proletarizado dos subúrbios, bem como analisar alguns contos, focalizando o modo como são representadas as mulheres afro-brasileiras no contexto das relações sociais, profissionais e pessoais.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

SANTOS, Walter Mendes     André Luis Gomes               Ms.     UNB  2007

Título: A representação literária do jornal no universo romanesco barretiano

Sinopse: O presente trabalho pretende estudar a representação literária da imprensa nos romances de Lima Barreto. A partir das obras Recordações do Escrivão Isaías Caminha, Triste Fim de Policarpo Quaresma, Numa e a Ninfa, Vida e Morte de M. J.Gonzaga de Sá e Clara dos Anjos, selecionam-se aspectos jornalísticos e literários presentes para descrever e analisar as relações entre jornalismo e literatura nestes romances, a fim de questionar esta confluência e apontar a articulação textual destas relações no texto barretiano. No capítulo inicial, o autor situa a trajetória de repórter e cronista e o trabalho literário de Lima Barreto na história da imprensa brasileira. Na seqüência, aborda a influência da militância no jornalismo sobre o estilo e projeto literário deste escritor. No capítulo seguinte, examina o posicionamento de Lima Barreto sobre a imprensa de sua época e as contradições apontadas por ele nesta instituição. Nos capítulos quatro e cinco, o autor analisa, respectivamente, a galeria de personagens jornalistas e o papel da imprensa nos enredos do universo romanesco barretiano.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

SCHEFFEL, Marcos Vinicius   Helena H. Tornquist           Ms      UFSC   2007

Título: Do registro Diário à Criação - O Processo Ficcional em Recordações    do Escrivão Isaías Caminha e Vida e Morte de M.J"

Sinopse: Lima Barreto, a exemplo de outros escritores, valeu-se de seu DIÁRIO não apenas como relato confessional, mas para o registro de impressões de impressões cruas da vida política, social e cultural dos primeiros anos do século  XX - quando se consolidava no Brasil o sistema republicano - elementos que também serviram de base para seus mais importantes projetos ficcionais. Neste trabalho, procura-se mostrar que nas páginas do Diário já estavam esboços desses projetos, o que revela o esforço do escritor para que os dados colhidos no cotidiano se ajustassem á estrutura do romance, sendo sintetizados no processo narrativo e na ação do protagonista. Esse aproveitamento das anotações do dia a dia também se observa nas crônicas, confirmando o empenho do escritor por sua realização como romancista. É o que se discute no presente trabalho, seguindo o caminho da formação de Lima Barreto nas páginas do Diário,  nas crônicas e nos seus primeiros projetos ficcionais realizados - os romances Recordações do escrivão Isaías Caminha e Vida e Morte de M.J.Gonzaga de Sá - atentando para a reação do campo literário de então, que procurou silenciar as ousadias do escrivão mulato.

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Autoria                   -                   Orientação        -    Grau  -  Local - Data

PACHECO, Keli Cristina              Carlos E. Capela             Ms.   UFSC  2005

Título: Lima Barreto e o Mal-Estar no Território

Sinopse:

A condição de exílio abrange uma categoria muito maior que a da experiência migratória, ou seja, é possível sentir-se exilado na própria terra, conforme já nos ensinou Sérgio Buarque de Holanda na primeira página de Raízes do Brasil. Esse sentimento de "não-pertencimento" é bem representado em toda obra de Lima Barreto, engendrando o que Edward Said chama de "resistência cultural", espécie de desejo de desterritorialização. Para observar tal representação, tomamos como foco de análise as personagens de alguns contos e romances que possuem o sentimento/olhar de "estranhamento", seja fora da terra natal (imigrante, estrangeiros, expatriados), ou na própria terra. Por fim, cremos que tal análise poderá contribuir, em parte, para  uma discussão muito maior, aquela que abrange a nação, o nacionalismo e a resistência contra o instituído.

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Autoria              -                  Orientação        -          Grau – Local  - Data

GALINDO, Fabiana D. V.     Maria da Piedade M.S           Ms.    UFPE    2007

Título: A polifonia nas crônicas de Lima Barreto

Sinopse: Nesse trabalho, partimos da hipótese de que não só no gênero romanesco podemos detectar a polifonia, mas também em outros gêneros discursivos; no gênero crônica, por exemplo, objeto de nossa pesquisa, é possível identificar a ocorrência desse fenômeno. O nosso objetivo no presente trabalho é analisar as crônicas de Lima Barreto publicadas em revistas e jornais do início do século XX, observando de que forma se revela a polifonia nesses textos, ou seja, as várias vozes que se deixam entrever no discurso do cronista e os mecanismos lingüísticos utilizados por ele para o surgimento dessas vozes. Optamos por esse gênero literário, especificamente de Lima Barreto, não só pelo valor documental e histórico desses textos que revelam fatos sociais e históricos do Brasil da Primeira República, mas principalmente por essas crônicas nunca terem sido objeto de estudo e da análise dos críticos, que sempre priorizaram os romances desse escritor não conferindo às crônicas seu valor e importância merecidos. Para o desenvolvimento dessa pesquisa, adotamos o conceito de Bakhtin (2004; 2005) e Ducrot (1987) no que diz respeito à polifonia, como também os estudos de Cândido (1992), Sá (2002) e outros autores sobre o gênero crônica. Analisamos um corpus de vinte e cinco crônicas, e chegamos à conclusão de que a polifonia é um fenômeno recorrente na maioria das crônicas barretianas, no entanto, salientamos que nesse tipo de gênero ela não se manifesta de forma intensa como assim verificou Bakhtin nos romances de Dostoiévski.

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 Autoria              -                  Orientação        -          Grau – Local  - Data

CRUZ, Adélcio de Souza    Eduardo de Assis Duarte     Ms      UFMG    2002

Título: Lima Barreto: a identidade étnica como dilema

Sinopse:Discutimos aqui, através da literatura brasileira, a temática étnica racial. Este país é conhecido mundialmente como uma “democracia racial“, contudo os textos do escritor carioca Lima Barreto estão preparados para desafiar tal conceito. Após a abolição do regime escravo no Brasil, africanos e afro-brasileiros foram deixados de fora da tão decantada cidadania da Primeira República. Nós planejamos estudar esta conturbada era, as duas primeiras décadas do século passado, através das lentes de duas narrativas escritas por Afonso Henriques de Lima Barreto. Os textos escolhidos são Clara dos Anjos e Recordações do Escravo Isaías Caminha. Iniciaremos a partir do dilema identiário do escritor - que poderia ser traduzido como “ser negro ou não ser tão negro“ - e pretendemos também mostrar a sua luta contra uma sociedade que não estava preparada para aceitar uma pessoa de cor.

 

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