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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Antonio Skármeta

Esteban Antonio Skármeta Branicic

Nasceu em 7 de novembro de 1940, em Antofagasta, Chile. Graduado em filosofia e literatura, romancista, dramaturgo, diretor e roteirista cinematográfico e de TV, é considerado um dos principais escritores contemporâneos. Seus romances e contos tem sido traduzidos para mais de 25 idiomas, muitos deles reeditados permanentemente. O curioso é que a consagração literária lhe chegou através do cinema. Em meados de 1983, enquanto ministrava aulas de roteiro na Academia Alemã de Cinema, foi convidado por um produtor de cinema para escrever um roteiro urgente que reunisse dois ingredientes: Neruda e Chile. Surgiu, então, Ardente paciência, primeiro longa-metragem dirigido por ele mesmo. O filme ganhou muitos prêmios e, atendendo a pedidos, Skármeta transformou o roteiro em romance, que obteve um relativo sucesso, mas nada comparado ao que viria mais de dez anos depois. Em 1994, a história foi refilmada e rebatizada como O carteiro e o poeta, título brasileiro, e O carteiro de Neruda, título adotado na maioria dos outros países. Recebeu cinco indicações ao Oscar, ganhou um deles e tornou-se o filme estrangeiro mais visto nos Estados Unidos em todos os tempos. O romance homenageia o poeta Pablo Neruda, a quem mostrou sua primeira experiência literária, El entusiasmo, em 1967. Neruda gostou do livro, mas disse-lhe que era preciso ver o segundo, “pois todos os primeiros livros de escritores chilenos são bons”. Não foi preciso esperar muito. Em 1969, lançou o livro de contos Desnudo en el tejado, com o qual ganhou o Prêmio Casa de las Américas. Em 1973, quando emigrou para a Europa em exílio, seus contos já eram celebrados pela crítica como uma renovação da prosa latino-americana. Em seguida, passou a viver em Berlim, onde ficou até 1989 e para onde voltaria em 2000 como embaixador do Chile. Retornou ao Chile em 1989 e, em 1992, criou na TV o “Show de los libros”, programa literário semanal com a audiência de um milhão de espectadores. Mais tarde, em 1998, o programa mudou o título para “Torre de papel” e passou a ser transmitido para todo o mundo através do canal People & Arts. Em 1999, lançou O casamento do poeta, que deverá transformar-se numa trilogia recontando a história de sua família. Com esse livro, obteve o Prêmio Médicis, na França, e o Grinzane Cavour, na Itália. A segunda parte da trilogia veio com A garota do trombone (2001). O autor é um colecionador de prêmios literários, cinematográficos e televisivos. Seu lançamento mais recente, El baile de la victoria (2003), ganhou o Prêmio Planeta, na Espanha.

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