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ENTREVISTA SIMULTÂNEA
Cabrera Infante

Guillermo Cabrera Infante

Nasceu em Gibara, Cuba, em 22 de abril de 1929. Jornalista, crítico de cinema, roteirista e romancista. Iniciou ainda jovem como assistente na redação da revista Bohemia e em 1949 criou sua própria revista: Nova Generación. No ano seguinte ingressou na Escola de Jornalismo. Em 1952 é preso devido a publicação de um artigo. Logo solto, adotou o pseudônimo “G.Caín” para continuar atacando a ditadura de Batista. Sempre ligado ao cinema, fundou a Cinemateca de Cuba, em 1951, dirigiu a revista Carteles e o Conselho Nacional de Cultura. Participou ativamente da revolução cubana em 1960; esteve na comitiva de Fidel em visita ao Brasil, em 1959. Já nos primeiros anos da Revolução, começa a se desentender com a cúpula governista e é nomeado adido cultural de Cuba em Bruxelas a partir de 1962, onde ficou até 1965. Dá-se o rompimento com Fidel, abandona Cuba e passa a viver em Londres. Como cidadão britânico, passou a vida toda alimentando a esperança de ver a caída de Fidel e poder voltar a Cuba. “Esse poder total por 40 anos faz de seu regime, para mim, obsceno – o que certamente não é uma categoria política, senão moral”, declarou em 1998. Segundo Nélida Pinõn, sua amiga, ele “alimenta sua matriz e pautas narrativas com o fervor que devotou a Cuba... Forçado a abandonar a ilha na década de 1960, por opor-se ao regime castrista, retorna a ela através da memória e da profunda melancolia”. Seu primeiro trabalho publicado - Balada de plomo y yerro (1952) - traduz os ideais políticos de um jovem envolvido num projeto revolucionário para derrubar o ditador Batista. O primeiro livro, Asi en la paz como en la guerra (1960), já saiu premiado; o segundo é um ensaio sobre o cinema: Un oficio del siglo XX (1963) e com o próximo -Tres tristes tigres (Global, 1967) -, projetou-se no cenário internacional. Segundo o crítico Antonio Gonçalves Filho, “é a desordem carnavalesca latina transfigurada num delírio semântico. O deslocamento sintático e a busca de novos significados guiam essa aventura que tenta traduzir para a literatura o ritmo da fala popular cubana”. Em 1997 foi agraciado com o Prêmio Cervantes, o nobel ibero-americano. Exceto Cuba, onde ele não existe nem em dicionario, seus livros traduzidos em diversos idiomas, inclusive o português: Havana para um infante defunto (Cia. das Letras,1979) Delito por dançar o chá-chá-chá (Ediouro, 1998) Vista do amanhecer no trópico (Cia. das Letras, 1988) Mea Cuba (Cia. Das Letras, ) Fumaça pura (Bertrand Brasil, 2003), livro, definido por ele mesmo como  “uma crônica erudita, mas divertida, da relação entre o charuto e o cinema”. Seu último livro publicado foi La ninfa inconstante. Faleceu em 21 de fevereiro de 2005

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