Volta para a capa
ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Darcy Ribeiro

Darcy Ribeiro da Silveira nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 1922. Antropólogo renomado, político atuante, escritor destacado na literatura (membro da Academia Brasileira de Letras) e educador brilhante e inovador. É difícil imaginar que alguém pudesse realizar tudo isso e em grandes partidas, de modo tão efetivo como fez. Este é o verbete de quem viu e conviveu com alguns desses projetos, e conversou algumas vezes com seu autor. Tais conversas me levaram a ver no Darcy um diferencial de intenções e uma disposição em realizá-las. Dentre seus livros, pode-se citar O processo civilizatório (1968), traduzido em todo o mundo; é o início da grande obra Estudos de antropologia da civilização, que culminou com O povo brasileiro (1997). De toda sua obra já foram impressas umas 150 edições em todo o mundo. Com o romance Maíra (1977), Tristão de Athayde o colocou ao lado de Gonçalves Dias na história da literatura brasileira. Seus projetos são igualmente grandes e ambiciosos. Criou, junto com o Marechal Rondon, o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), que deu origem à Funai; organizou uma nova escola básica e uma nova universidade; fez, junto com Niemeyer e Brizola, o Sambódromo (RJ), logo copiado em todo o Brasil. Para arrematar, tem um feito que poucas pessoas sabem: sua participação decisiva na instalação do Memorial da América Latina, em São Paulo, em 1987. Com a finalidade de dar continuidade aos seus ideais e preservar sua memória, deixou a Fundação Darcy Ribeiro e uma biblioteca com mais de 30 mil volumes. Deixou, também, a história de sua vida contada no livro Confissões (1997). Faleceu em 1997.

Prossiga na entrevista:

Por que escreve?

Como escreve?

Onde escreve?

Psicanálise