Nasceu em 20/08/1938, em Viena, Áustria. Crítico literário e professor aposentado de Teoria Literária, é um dos principais continuadores do trabalho crítico de Antonio Candido, Seus estudos sobre Machado de Assis encontram-se entre os mais representativos. Numa estadia de dois anos nos Estados Unidos, pós-graduou-se na Universidade de Yale, concluindo o Mestrado em 1963, ano em que retornou ao Brasil. Exilou-se em Paris em 1969, quando a repressão política endureceu, doutorou-se em Estudos Latino-Americanos pela Universidade de Paris III em 1976. De volta ao Brasil, foi professor de Teoria Literária e Literatura Comparada na USP (até 1968) e professor de Teoria Literária na UNICAMP (1978-1992).Entre seus estudos literários, destacam-se os ensaios sobre Machado de Assis: Ao vencedor as batatas (1977), Um mestre na periferia do capitalismo (1990), Complexo, moderno, nacional e negativo, Duas notas sobre Machado de Assis, A poesia envenenada de D. Casmurro”, A viravolta machadiana (2004) e Leituras em competição (2006). Após os escritos de juventude, reunidos no volume A sereia e o desconfiado (1965), publicou diversos estudos sobre escritores como Kafka e Brecht, Oswald de Andrade e Helena Morley. Seu pensamento sobre literatura é inseparável da reflexão mais ampla sobre política e sociedade, e, nessa linha, podem-se mencionar os ensaios Cultura e política, 1964-1969 (originalmente publicado em Les Temps Modernes, 1970, recolhido em O Pai de família); As idéias fora de lugar (publicado em 1973 e depois incorporado ao livro Ao Vencedor as Batatas); “Nacional por subtração” (1986, recolhido em Que horas são?) e “Fim de século” (1995, recolhido em Seqüências brasileiras). Sobre a tradição crítica a que se filia, o próprio Schwarz afirma que se impregnou muito dos livros e pontos de vista de Antonio Candido e acrescenta: “Meu trabalho seria impensável igualmente sem a tradição – contraditória – formada por Lukács, Benjamin, Brecht e Adorno, e sem a inspiração de Marx.”
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