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Biografia
Viana Moog

Clodomir Viana Moog nasceu em São Leopoldo, RS, em 28/10/1906. Advogado, jornalista, romancista e ensaísta. Participou ativamente dos movimentos políticos de sua época (Aliança Liberal e Revolução Constitucionalista de 1932). Foi um ferrenho adversário do Governo Vargas, tendo sido preso e exilado em Manaus. De volta ao Rio Grande do Sul, em 1934, foi re representante do governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos (OEA) e na Organização das Nações Unidas (ONU). Foi no período de exílio que começou sua atividade literária. No Amazonas escreveu dois livros: Heróis da decadência, Reflexões sobre o humor, com estudos sobre Petrônio, Cervantes e Machado e O ciclo do ouro negro, ensaio de interpretação da realidade amazônica. Voltando a Porto Alegre, dirigiu o vespertino Folha da Tarde. Dessa fase breve, resultou Novas cartas persas, sátira em torno da situação político-social. Consagrou-se mais intensamente à literatura com o golpe de 1937. Publicou, em 1938, o ensaio Eça de Queirós e o século XIX e o romance Um rio imita o Reno, ao qual conferiu-se, em 1939, o Prêmio Graça Aranha. Colaborou em La Prensa. E, como representante do Rio Grande, fez conferências na Exposição do Livro Brasileiro em Montevidéu. Em 1942 fez no Itamarati a conferência Uma interpretação da literatura brasileira, publicada em opúsculo e traduzida para vários idiomas, na qual ele procurou interpretar a literatura brasileira através do que chamou “ilhas de cultura mais ou menos autônomas e diferenciadas”, caracterizada cada uma pelo seu genius loci particular. Ainda em 1942, embarcou para os Estados Unidos, onde passou oito meses e escreveu artigos para o New York Herald e algumas revistas americanas. Em 1945 entra para a Academia Brasileira de Letras. De 1946 a 1950, serviu na Delegacia do Tesouro em Nova York, quando começou a escrever uma biografia de Lincoln. Em 1950 foi nomeado representante do Brasil junto à Comissão de Assuntos Sociais das Nações Unidas e, nesse caráter, participou em Nova York e Genebra de todas as reuniões da Comissão. Em 1952, indicado pelo Brasil, foi eleito pelo Conselho Internacional Cultural para representar o Brasil na Comissão de Ação Cultural da OEA, com sede no México. Vianna Moog ali residiu por mais de dez anos, como presidente da Comissão. Participou em 1956, como presidente da Comissão, da 2ª Reunião do Conselho Interamericano Cultural. Em 1959 representou o Brasil na 3ª Reunião do CIC, em Porto Alegre. Nomeado de novo para a Comissão Social das Nações Unidas em 1961, foi eleito seu presidente para a XIII Sessão. Em 1963 elegeu-o a Comissão para integrar o Conselho Superior do Instituto Internacional de Pesquisa para o Desenvolvimento Social, com sede em Genebra. Em 6 de setembro de 1969 renunciou ao mandato na Comissão da OEA, aposentando-se a seguir no cargo de fiscal do imposto de consumo. Foi membro do Conselho Federal de Cultura. Outras obras: 1942 – Uma interpretação da literatura brasileira (1942), Nós, os publicanos (1946), Bandeirantes e pioneiros (1954), Uma Jangada para Ulisses (1956), Tóia (1962), A ONU e os grandes problemas (1965), Obras completas de Vianna Moog (1966), Em busca de Lincoln (1968). Faleceu em 1988.

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