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Biografia profissional

7º Emprego:

Técnico de Contabilidade

Cícero da Mata

        O trabalho na COPEME durou pouco, foi de novembro de 1975 a fevereiro de 1976. Era uma empresa ligada à Secretaria da Fazenda, que não chegou a vingar. Foi instalada num suntuoso andar de um prédio (n° 1000) da Al. Santos, onde eu e o Diretor Rossetto começamos a trabalhar numa pequena equipe. Não tenho muitas lembranças desse período, nem lembro exatamente o por quê de sua dissolução. Certamente foi uma dessas iniciativas governamentais para alavancar a exportação que não deram certo.

        Pode-se estranhar o cargo de Técnico de Contabilidade que adquiri nesse emprego. Isto foi apenas um artifício para se chegar a um salário compatível com a minha exigência. Na estrutura da nova empresa não havia o cargo de bibliotecário, e sua criação poderia demorar um pouco mais de tempo, e como havia pressa o recurso foi enquadrar num cargo já existente. Nesse curto período iniciamos a organização da empresa e do centro de informações ao mesmo tempo. Eu fiquei ajudando o Rossetto nas duas tarefas, e contratamos meu amigo Beto, bibliotecário, para organizar o centro de informações. Em seguida, convenci o Beto a contratar outro amigo – o Humberto – para ajudá-lo na empreitada. Convencer é o termo, porque ele não queria o Humberto, mas acabou se convencendo.

        Humberto foi contratado como auxiliar e, creio que o Beto apenas engoliu sem digerir a minha indicação. Pois logo no inicio passou a exigir que Humberto fosse trabalhar de gravata. Eu achava aquilo um despropósito, pois nem eu usava gravata no trabalho. Lembro que o Humberto também não gostou, e comprou uma gravata de plástico, já montada com o nó pronto. Chegava ao serviço, enfiava a gravata pela cabeça presa por uma cinta elástica. Eu e minha mania de querer trabalhar junto com os amigos não deu certo neste caso. Logo, os dois se desentenderam e eu, logicamente, tomei o partido do Humberto. Mas, o tempo de trabalho foi curto demais para que o desentendimento se alastrasse. Em março a empresa foi extinta e o Rossetto foi assessorar o Secretário da Fazenda, Nelson Gomes Teixeira, me levando junto. Assim, a passagem para o 7º emprego foi tal como se faz uma mudança de endereço.

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