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Crítica Literária
Gabriel Garcia Márquez

“A critica sempre me desiludiu demais. Quando digo que me desiludiu estou me referindo inclusive à mais favorável. Diante de algumas criticas costumo me perguntar se, definitivamente, me comunico com os leitores. O sentimento de não ter me comunicado o que desejo é o mais freqüente quando leio uma critica. Nesse momento costumo me perguntar sobre a função da crítica. E essa função não sei bem qual é... A não ser em algumas coisas de Angel Rama, a sensação de inutilidade é constante. E isso não é casual. Teu patrício foi a Colômbia e seguiu os rastros até a raiz dos meus livros. Procurou em jornais do interior. Decifrou ou descobriu coisas que os outros tinham considerado indecifráveis. Mas Rama é uma exceção. Geralmente não entendo os criticos. Não sei bem o que procuram, onde querem chegar”.

Fonte: Versus (S.Paulo), n. 10, maio de 1977 – Maria Esther Gillio

"Os críticos, para mim, são o maior exemplo do que é o intelectualismo. Antes de mais nada, eles têm uma teoria do que um escritor deveria ser. Eles tentam pegar o escritor e fazer com que se encaixe no modelo deles, e se não se encaixar, eles ainda tentam enfiá-lo à força. Só estou respondendo isso por que você perguntou. Não tenho nenhum interesse no que os críticos pensam de mim; e nem tenho lido críticas há muitos anos. eles reivindicaram parasi próprios a tarefa de serem intrermediários entre o leitor e o escritor. Sempre tentei ser um escritor muito claro e preciso, tentando atingir o leitor diretamente, sem ter que passar pelo crítico".

Fonte: Os escritores 2: as históricas entrevistas da Paris Review. São Paulo: Companhia das Letras, 1989.

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