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Almanach Literário

Curiosidades, mistérios, pensamentos, textos insólitos, reflexões, historietas, etc. referentes a literatura e a cultura.

Nota: Esta seção é uma homenagem ao escritor, meu amigo e um dos maiores contistas brasileiros, José J. Veiga (1915-1999). Um escritor que começou a publicar apenas na maturidade, mas que anos antes desempenhou a função de jornalista em locais propícios ao surgimento da literatura em suas veias. Após passar uns anos como repórter na BBC de Londres, retorna ao Brasil, e, nas décadas de 1950-60, exerce o cargo de tradutor e editor da revista "Seleções do Reader's Digest". Como se sabe, uma revista norte-americana traduzida em quase todo o mundo que, de certa forma, substituiu os antigos "almanaques" de textos curtos, curiosidades literárias e culturais. Em seguida, Veiga passa a trabalhar no Centro de Documentação da Fundação Getulio Vargas, onde foi o editor do "Informativo FGV" durante mais de uma década. Tal boletim diferia bastante da "Seleções" no contéudo, mas não na forma. No fundo era também um "almanaque" especializado em economia & administração com algumas pitadas culturais. De modo que a experiência de Veiga nesse tipo de "literatura ligeira" era vasta e bem circunstanciada. Dotado de um certo tipo de humor (o humor inglês), e querendo produzir algo diferente dos contos e romances que vinha fazendo, Veiga resolveu, em fins da década de 1980, editar um almanaque no estilo daqueles antigos, semelhante aos distribuidos pelo "Biotônico Fontoura" em meados do século passado. Daí surge o "Almanach de Piumhy", editado pela Editora Record em 1988. Na brincadeira de Veiga, o almanaque seria uma retomada editorial do "antigo, verdadeiro e único Almanach de Piumhy, fundado na vila de Piumhy, província das Minas Gerais, no ano de 1827". Assim, o "Almanach" saiu já no nº 2 do ano CLIX, constando no expediente como colaboradores nomes ilustres, tais como: L. Fernando Zeríssimo, Ulysses de Marães, Wellington Moreira França, Chuang Tzu, Benedito Espinoza, Fernando Babeira, F. Zuarte de Holanda, Dilson Punaro, etc. O "Almanach" tinha representação em diversas cidades brasileiras, com nomes não menos ilustres, tais como: Brasília: J. Aparecido; São Paulo: A. Franco Monteiro; Curitiba: Daltro Revisan; Salvador: R. Aguiar Dehaia; Niterói: Allain da Ponte; e, naturalmente, Piumhy: Francolino Pereira. Tal como uma publicação de porte, tinha também correspondentes em todo o mundo. Washington: Dick Watergate; México: José Maria Mirim; Buenos Aires: Galtieri de las Islas; Assunção: Alfredo Vital Licio; Roma: Ivero Papa; Praga: Rheza Fortes. Inclusive no Cairo, tínhamos o ilustre Ali Ninghenquer. No ano seguinte, a Record lançou o n° 3 contando com mais "colaboradores" e abrindo novas "representações" em outras cidades: Recife: Jarbas Capeberibe, Fortaleza: Iracema de Alencar; Uberaba: Mauro Palmério; Bodocó: Armando G. Falcão; Nhecolandia: A. P. Chagas Freitas e outras "cidades".

Assim, vamos iniciar o Almanach Literário resgatando alguns textos dos dois números laçados e incorporando outros textos que mereçam as luzes de tão tradicional publicação. Neste empenho contamos com a colaboração dos leitores, no envio de matérias de real interesse ao desenvolvimento da nossa literatura e quiça da nossa cultura.

 

A importância da vírgula - ABI

10 mandamentos do escritor - Stephen Vizinczey,

Decálogo do perfeito contista -Horacio Quiroga

Frases & citações literárias

A empáfia dos poetas - Goethe

Astrologia e política - Manuel Bandeira

O fado é brasileiro - Euclides Dourado

Definição de poesia - Thédore de Banville

Gênese da literatura - Jubileu de Almeida

O engano dos ditos populares - Anônimo

O galo incongruente - Luís da Câmara Cascudo

Sobre a concisão - Fernando Pessoa

Relato de Maximo Gorki ao ver o cinema

Religião e ciência