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Grandes entrevistas

José Américo de Almeida

Entrevista conduzida por Homero Senna, publicada originalmente na Revista d’O Globo, nº 474, de 08/01/1949 e republicada em seu livro: SENNA, Homero. República das letras. 3ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996. 

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     Estamos na varanda da casa de José Américo de Almeida, na Rua Getúlio das Neves, no Jardim Botânico, rememorando fatos de sua vida e conversando sobre coisas de literatura. A varanda é a mesma onde foram concedidas algumas das entrevistas mais famosas dos últimos tempos no Brasil, inclusive aquela intitulada "A Situação", que marcou a reconquista da liberdade de imprensa em nosso país, (1) e a que levantou a candidatura do Brigadeiro Eduardo Gomes à Presidência da República, com enorme repercussão no desenrolar dos acontecimentos que precipitaram a queda da Ditadura.

     No entanto, nesta fresca manhã de outubro, não falamos, na varanda histórica, de nada assim tão grave. Apenas um repórter bisbilhoteiro criva de perguntas o romancista d'A bagaceira, o qual, com sua voz mansa, de inconfundível acento nordestino, e falando baixo, como é seu costume, vai procurando satisfazer a curiosidade do indiscreto perguntador.

     Está claro que a palestra não se desenvolveu livremente, ao sabor dos assuntos; antes, havia um roteiro traçado, o qual, se não foi seguido à risca, serviu ao menos para  impedir que entrevistado e repórter se perdessem por temas talvez mais sedutores, mas diferentes daqueles que era meu desejo abordar.

- Indago, de início, de que modo se processou sua formação intelectual, e a respeito diz-me José Américo:

Fiz os preparatórios no Seminário da Paraíba, repetindo depois todos os exames, de uma assentada, em 1903, no Liceu do mesmo Estado, pois os seminários, como você naturalmente não ignora, não são ainda hoje reconhecidos pelas leis do ensino. Bacharelei-me em Direito no Recife em 1908. Minha formação intelectual, como a de quase todos os nortistas, é a de um autodidata. Foi toda espontânea, influenciada apenas pelo gosto. Comecei, por simples acaso, devido ao fato de ter ao meu alcance uma biblioteca desse estilo, lendo todo o Camilo, todo o Castilho, e principalmente os clássicos portugueses: Vieira, Frei Luís de Sousa e Bernardes. O primeiro romance brasileiro que me prendeu foi o Dom Casmurro, quando Machado de Assis, sóbrio e profundo, malicioso e sutil, nada exuberante, ainda pouco interessava minha geração meio romântica. Já formado, entrei em contato com a literatura estrangeira, passando a adquirir livros diretamente na França, na Inglaterra e na Itália. Lia também os alemães e os russos em tradução espanhola. E o mais curioso é que dez ou doze anos depois de haver suspendido as encomendas, uma livraria de Paris ainda me enviava seus catálogos, o que serve para demonstrar a consideração que os livrei­ros daquele tempo tinham para com seus fregueses. Já passara nessa época da simples literatura, do romance, da poesia, das memórias, para os estudos que mais me seduziam, como a história política, a crítica literária, a sociologia e finalmente a geografia humana. Tudo que sei, por assim dizer de mais sério, vem deste período, conquanto nunca tenha deixado de reservar, em minhas horas vagas, mais ou menos tempo, conforme as posi­ções ocupadas, às boas leituras.

     Aqui convém abrir um parêntese e recordar, ainda que em alguns traços, a vida pública do senador José Américo. Nascido em Areia, no interior da Paraíba, em 1887, logo depois de formado foi nomeado promotor público na cidade de Sousa, também no interior paraibano, onde esteve apenas alguns meses. Convidado, então, para ocupar a cadeira de Literatura no Liceu do Estado, vaga com a saída de Augusto dos Anjos, motivada por incidente com o governador, não aceitou o convite em virtude dos laços de amizade que o ligavam ao poeta do Eu, e preferiu tentar a advocacia na capital e no interior, situação em que permaneceu cerca de um ano. Logo depois era nomeado Procurador-Geral do Estado, cargo que ocupou durante 14 anos, e que sem dúvida lhe cerceou as possibilidades, pois se não fosse esse cargo, talvez sua vida tivesse tomado outro rumo. De Procurador-Geral passou José Américo a Consultor-Geral do Estado, cargo menos trabalhoso, que lhe permitia advogar, e que de certo modo assinalou um dos melhores e mais fecundos períodos de sua vida. Daí por diante viu-se arrastado pela política, que desde então vem prejudicando enormemente sua atividade criadora no domínio do romance e do ensaio. Mas o fato é que, em 1926, João Pessoa foi governar o Estado e chamou-o para Secretário-Geral. Depois que o governo desdobrou as Secretarias, criando mais três, o então jovem político passou a ocupar a do Interior, lugar que deixou três anos mais tarde para ser eleito deputado federal, quando foi "depurado" pela Câmara, depuração que não atingiu apenas a ele e que, como se sabe, fez aumentar o descontentamento do povo e a indignação das forças políticas de oposição pelos processos da chamada 1ª República, precipitando a Revolução de 30. Com vinte e três mil votos, veio José Américo para a Câmara e foi "depurado" em favor de um candidato que obtivera apenas três mil, mas que era simpático à situação. "Degolado", como então se dizia, voltou para seu Estado, que atravessava uma época difícil, com o levante de Princesa. Nomeado Secretário de Segurança, partiu para o interior, a fim de chefiar a luta contra os rebeldes. Deflagrada a Revolução de 30, foi escolhido para governar a Paraíba, passan­do depois a chefe do chamado "Governo Revolucionário do Norte", que durou até a posse de Getúlio. Juarez e José Américo, um militar e um bacharel, eram então os líderes revo­lucionários do Norte, e esta é ainda uma fase muito recente da nossa história para que seja preciso relembrá-la. Em novembro de 1930 era nomeado Ministro da Viação do Governo Provisório, cargo que ocupou até 1934, depois de votada a Constituição de 16 de julho, e no desempenho do qual, entre muitas outras coisas, enfrentou a questão do preço da luz e do gás no Rio de Janeiro, o que lhe granjeou fama de independente. Deixando o Ministério, foi nomeado Embaixador junto à Santa Sé. Indo, porém, ao seu Estado, despedir-se dos amigos e correligionários, estes não quiseram que se ausentasse do país, e o elegeram senador. Teve, então, de resignar ao cargo de Embaixador, para ele interessantíssimo, e veio para o Senado como representante da pequenina Paraíba. Pela Constituição de 1934, porém, o Senado não passava de um órgão de coordena­ção do Poder Executivo, tinha funções legislativas muito limitadas, e isso acabou por aborrecer o político paraibano, que prefe­riu renunciar à cadeira em virtude da qual perdera uma de nos­sas melhores Embaixadas. Foi então nomeado para o Tribunal de Contas. Seguiu-se depois o episódio de 1937, recente e de todos conhecido. No Tribunal de Contas permaneceu até ser eleito novamente senador, desta vez por todos os partidos da Paraíba. Também agora relutou muito antes de aceitar, e só se decidiu quando viu sua candidatura lançada em praça pública e apoiada por todos os chefes políticos do seu Estado. Seria um engano admitir. no entanto, como este rápido retrospecto poderia fazer supor, que José Américo tem sido ape­nas um político. É preciso não esquecer também o escritor, o estilista admirável que há nesse sertanejo a quem as altas posições e a vida nos grandes centros não tiraram de todo o jeito agresta. E, aliás, como escritor que está ele depondo nesta enquête. Por isso mesmo, a segunda pergunta que lhe fizemos visou indagar que valor atribui, em sua obra literária, às Reflexões de uma Cabra, seu livro de estréia, e por que motivo, depois de publicar esse livro, só voltou à literatura com A Bagaceira. A propósito, confessa-me:

Não atribuo nenhum valor às Reflexões, nem como ponto de partida nem como marco do que chama a minha obra. Pediram-me uma vez uma novela para uma publicação desse gênero na Paraíba. E escrevi por brincadeira, ao correr da pena, uma caricatura de novela. Foi isso. Nessa época ainda não levava a sério a ficção. Só voltei à literatura, depois dessa experiência, com a publicação de A Bagaceira, porque senti então a necessidade de escrever um romance como meio de transmitir, de forma mais atraente e acessível, impressões que vazadas, por exemplo, num ensaio, perderiam esse poder comunicativo, ficando limitadas a um círculo restrito, já que ensaio, no Brasil, só uma pequena elite é que lê.

- Mas sempre teve preocupações literárias?

Sempre tive, não direi preocupações, mas gosto literário. Ler é para mim o mais agradável passatempo, e escrever é um trabalho que não me cansa, salvo a vista que é precária.

- Consta que escreveu Coiteiros em algumas horas...

Não escrevi. Ditei Coiteiros e O Boqueirão, aparecidos simultaneamente, pensando torná-los assim mais simples e espontâneos, como histórias que se contam. Mas acabei matando-os. Saíram descarnados e sem o sopro de vida que deveriam revelar pela sua concepção. Foi em que deu o desejo de ser mais natural que a minha própria natureza. Considero-os, entretanto, certíssimos como documentos dos aspectos da vida nordestina que focalizam.            .

- Por que nada mais publicou depois disso?

Porque resolvi deixar de improvisar. Concebi então o plano das minhas memórias. E fui acumulando material. Este, porém, pela sua quantidade e complexidade, teve de ser decom­posto, havendo eu resolvido destacar da narrativa os episódios que comportam mais desenvolvimento, os quais constituirão volumes à parte, como, por exemplo, A Campanha de Princesa, que aliás está praticamente pronto. Outro volume deste tipo será aquele em que pretendo revelar os mistérios dos bastidores do ciclo revolucionário de 30, e que se chamará provavelmente Visão do Caos. A este se seguirá Confissões de um Ministro de Estado, que nada terá dos enfadonhos relatórios ministeriais, cheios de dados estatísticos e burocracia. As Confissões serão, ao contrário, um volume de simples reminiscências pessoais, e nele é minha intenção traçar o perfil não só dos meus colegas de Ministério daquele tempo, mas também de outras personalidades com quem lidei de 1930 a 1934; restabelecer a verdade a respeito de certos fatos ocorridos durante a minha gestão na pasta da Viação; deixar, em suma, um depoimento sobre a experiência colhida por mim nesse cargo. Outro desses volumes autônomos será 1937, em cujas páginas terei ocasião de narrar a história da campanha presidencial em que me empenhei e do golpe de Estado de 10 de novembro. Finalmente, o último volume isolado abrangerá os acontecimentos políticos desenrolados de 1945 até os nossos dias, inclusive a Campanha da Libertação, sustentada pelo Brigadeiro Eduardo Gomes, e o 29 de outubro.  (2)

Faz uma pausa, mas logo prossegue:

Espero que esses livros, pelo que conterão de retificação histórica e de flagrantes humanos, sejam uma contribuição mais útil à nossa vida pública do que tem sido minha ação política. Além disso, com esse trabalho, tantas vezes interrompido por acontecimentos independentes da minha vontade, pro­curei conciliar minha índole de escritor com minha velha curiosidade pelos problemas da vida. Estes aparecerão nas memórias de maneira velada, através de interpretações do ambiente e de suas transformações, sem dar a idéia do que representam realmente. Tudo sem qualquer pretensão doutrinária, deixando que as figuras e os fatos falem por si mesmos.

Dando um exemplo do que pretende fazer, diz-me José Américo:

Como você sabe, nasci em engenho e, quando menino, levei aquela vida que José Lins tão bem descreveu no seu volume de estréia. Vida, portanto, de absoluta liberdade, de brinquedos arriscados, mas inesquecíveis. No entanto, aos sete anos fui retirado desse meio e deslocado para a casa de um tio, padre severíssimo, homem de princípios rígidos, mais de quebrar que de torcer. As reações e os reflexos que então experimentei é o que contarei no primeiro volume de minhas memórias. Depois, contra a minha vontade, sofri nova mudança brusca de ambiente, indo para um meio inteiramente desconhecido para mim e onde o rigor era ainda maior que na casa de meu tio, se é que isto seria possível: o seminário. Não conheço, na literatura brasileira, nenhum romance que narre a vida de um menino num seminário. É o que farei nas minhas memórias, procurando fixar a maneira por que reagi ao novo ambiente e os sentimentos que então experimentei. Depois houve nova alteração no rumo da minha vida, indo eu desta vez para o Recife, cursar a Faculdade de Direito e conviver com estudantes e rapazes da minha idade, num meio em que não predominavam, em absolu­to, as idéias a que desde criança estava acostumado, e numa cidade muito maior do que todas que até então conhecera. Aí procurarei descrever o Recife desse tempo, tão diferente, em tantas coisas, do atual, e assim, sem dar demonstração, espero fazer nesses volumes obra de psicologia e sociologia aplicadas.

- A pergunta seguinte envolvia a discussão de um tema que não tem sido debatido no Brasil como deve. Visava apurar como encara José Américo a participação do intelectual na política e nos negócios públicos do país, e se acha que poderia advir para o Brasil alguma melhoria se o coeficiente dessa participa­ção aumentasse. A respeito, eis o que me diz:

A inteligência deve estar a serviço da política, não como simples ornamento, mas como um verdadeiro bafejo de espiritualidade e de força de compreensão. Só a intervenção dos seus valores poderá salvar nossa vida pública da pior das formas de decadência, que é a esterilidade do pântano. Falta-lhe o concurso, que já uma vez encareci, da imaginação que renova e multiplica o sentido dos problemas; da visão esmiuçadora dos sociólogos, do tato dos psicólogos; da experiência dos historiadores, e sobretudo do equilíbrio e do senso de proporção dos técnicos.

Homem do Nordeste, seria interessante esclarecer em que época José Américo veio pela primeira vez ao Rio, e que impressões guarda dessa viagem. Faço a pergunta e a resposta não demora, abrangendo não só sua primeira viagem, mas tam­bém as posteriores, que tiveram, aliás, maior importância em sua vida.

A primeira viagem que fiz ao Rio foi em 1916. Lembro-me de que fui, então, ao Corcovado, ao Pão de Açúcar, à Cascatinha, ficando ao cabo admirado de saber que a maioria dos cariocas ainda aguardava oportunidade para subir a esses lugares. O que, porém, mais me encantou no Rio foi ter encon­trado, junto, tudo o que eu amava e admirava: a cidade e o mar, a montanha e a floresta, altos e baixos, o ruído e o silêncio, o esplendor e a decadência.

- E quando voltou?

Em 1924, tendo coincidido minha segunda viagem com a Revolta de São Paulo, muito embora nada tivesse a ver com o movimento. Lembro-me de que me causou impressão, naqueles dias, a multidão que no cais aguardava a ação do encouraçado São Paulo, pronto para entrar em combate com outras unidades da nossa Marinha. Achei admirável a calma do povo naquela expectativa de uma batalha naval. Nessa época, sem ser ainda político, estive também no Catete, onde fui levado por meu tio Monsenhor Valfredo Leal, senador da República a quem - lembro-me deste detalhe - o Presidente Bernardes nessa ocasião pediu que rezasse por ele. A terceira vez que vim ao Rio foi em 1929, já então eleito deputado pela Paraíba. Fui "depurado", mas na Câmara, num improviso, não deixei de cen­surar a atitude da Comissão de Reconhecimento de Poderes, que sacrificava um deputado eleito por vinte e três mil votos, em benefício de outro que havia conseguido apenas três mil. Naquele tempo não tínhamos Justiça Eleitoral, e era a própria Câmara, através da citada Comissão de Reconhecimento de Poderes, que decidia esses assuntos. Está claro que de nada adiantou o meu protesto, mas é sabido que nessa "depuração" de 1929, onde eu e outros fomos sacrificados, podemos encontrar o germe da Revolução de 30, movimento que haveria de derrubar aquela República que tanto se afastara, na prática, dos ideais de seus fundadores. Lembro-me de que o velho Cesário de Meio, procurando consolar-me, disse-me então esta frase que nunca mais me saiu da memória: "Moço, isto é a política... "

Casado, com três filhos e duas netas, José Américo leva hoje uma vida tranqüila, cujo ritmo é apenas perturbado, de quando em quando, por questões políticas. Escrupuloso, não falta nunca às sessões do Senado, sendo igualmente muito acatado como intelectual. É sabido que escritores como Gilberto Freire, Otávio Tarquínio de Sousa, José Lins do Rego e vários outros têm o maior respeito por suas opiniões em matéria de História, Sociologia, Literatura etc. Será, entretanto, essa vida do agrado do político e escritor paraibano, ou preferiria ele morar no seu Estado natal, longe de tudo que atualmente o prende ao Rio? Esta a pergunta que a seguir lhe faço, e a resposta, se poderá sur­preender algum leitor, já era por mim mais ou menos esperada:

Preferiria morar no interior, especialmente numa serra da Paraíba. Agora só me resta na vida uma aspiração, que parece mais difícil do que tudo: ter um refúgio no campo, para viver na intimidade do mundo da minha infância e poder con­cluir os meus livros, contanto que pudesse rever de onde em onde a cidade, para não ficar ainda mais caipira do que sou. (3)

Apontado geralmente como um pioneiro do romance nordestino, pelo menos no romance nordestino com a feição que assumiria mais tarde, pois A bagaceira precedeu toda a obra de José Lins do Rego, Raquel de Queirós, Graciliano Ramos, Amando Fontes e outros expoentes dessa literatura tão ligada à terra e aos problemas sociais daquela região, pareceu-nos interessante apurar se José Américo aceita esse papel que lhe dão as vozes mais autorizadas da nossa crítica. Sua resposta não se fez esperar:

Não tenho o direito de considerar-me pioneiro do romance nordestino depois de Iracema, de Luzia-Homem e de tantos outros livros desse porte. Também não tenho a pretensão de dizer que A bagaceira iniciou uma escola; foi apenas um exemplo, e se algum mérito teve, foi o de representar a coragem do renascer da Província. Seu principal papel foi assinalar um ressurgimento, e seu êxito ocasional estimulou vocações de romancistas, todos acima do "pioneiro". Pregava um modernismo mais representativo do meio, e exatamente por isso, por surgir como autêntico produto da terra, de uma terra que andava então esquecida, pôde exercer alguma influência, despertando a atenção de grandes romancistas, então ainda apenas potenciais, para os dramas das populações que os cercavam.

- Como interpreta hoje o entusiasmo de Tristão de Ataíde pelo seu livro, na opinião do crítico, "o romance que Euclides da Cunha teria escrito se fosse romancista"? (4)

O artigo de Tristão de Ataíde, que consagrou A bagaceira, foi uma simples explosão de surpresa. Vendo repontar alguma coisa, donde nada esperava, saudou, com o prestígio de sua crítica corajosa, essa estranha aparição.

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Notas:

1 Reproduzida no volume A palavra e o tempo (1937-1945-1950) - Coleção "Documentos Brasileiros", vaI. 120, Rio de Janeiro, Livraria José Olympio, 1965.

(2) Dessas memórias, José Américo publicou: O ano do nego (Rio de Janeiro, Record, 1968); Eu e eles (Rio de Janeiro, Nosso Tempo, 1970); e Antes que eu me esqueça (Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1976).

(3) Jpsé Américo parece ter realizado esse ideal, a partir do momento em que se refugiou em Tambaú, no litoral da Paraíba, deixando voluntariamente a vida pública.

(4) O artigo de Tristão de Ataíde foi depois enfeixado em Estudos, 3ª Série, I, Rio de Janeiro, A Ordem, 1930, pp. 137-151.  

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