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História
Valerio Massimo Manfredi

"Quando o autor de um romance ambientado na antiguidade é também um profissional da área, ou seja, um historiador e arqueólogo, o respeito pelos documentos de todos os tipos, histórico, arqueológico, epigráfico, numismático, é total, mas isto não siginifica que a criatividade do escritor não possa se exprimir. Todos os fatos narrados no livro (Alexandros. Rocco, 2000) realmente aconteceram, mas a história é constituida de forma que o leitor possa viver diretamente a maior aventura de todos os tempos. Os leitores dividem com os personagens do romance o espaço virtual da narração. Para mim, Alexandros é um romance e basta. Um romance histórico é, por definição, uma história baseada em um fato histórico - pense em Ben Hur, Fabíola, Quo Vadis e Ivanhoé -, o que não é o caso de Alexandros. E também não é o caso de uma biografia romanceada, pois esta é, por definição, uma grande história recontada como uma história pequena - uma telenovela, por exemplo. Este também não é o caso de Alexandros. Escrevi uma história verdadeira como se fosse uma história. E escrevi com um envolvimento pessoal tão grande que os leitores têm a sensação de estar presenciando os acontecimentos do livro".

Fonte: MARETTI, Eduardo. Escritores: entrevistas da Revista Submarino. São Paulo: Limiar, 2000.

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