Volta para a capa
Diretório da                                                    OFICINA LITERÁRIA

Oficina Luiz Antonio de Assis Brasil (RS)

Instituída em 1985, a Oficina de Criação Literária funciona, de modo ininterrupto, no âmbito do Curso de Pós-Graduação em Letras da Faculdade de Letras da PUCRS. Encarregado de implantá-la pela Prof. Dr. Regina Zilberman, Coordenadora do Curso, ministro-a desde aquele ano. Pela Oficina já passaram 450 alunos.

Apesar de todo esse inequívoco acúmulo de realizações nacionais e internacionais, temos de convir que meio século de existência é pouco; será preciso que passe uma geração para que as oficinas sejam aceitas de modo natural e integradas sem restrições ao sistema cultural.

Chega-se agora à pergunta: o que se faz, então, numa oficina literária? Para que a resposta seja satisfatória, peço a paciência do leitor para uma sumária explanação do meu plano de estudos - o qual, naturalmente, conheço melhor do que outros.

O material que utilizo são, na maior parte, de elaboração pessoal, mas sirvo-me, e bastante, dos exemplos norte-americanos e franceses, por serem complementares: se por um lado os autores americanos trazem uma série de exercícios que visam à criação imediata (Muriel Anderson, Harry Golden, John Gardner, Dennis Whitcomb, Robert Meredith, Pauline Bloom, Don James, Susan Thaler, Rust Hills, entre outros), já os franceses (Odile Pimet, Claire Boniface, Andrée Guiguet, Nicole Voltz, Alain Andre, Raymond Queneau, etc.) buscam um aprendizado mais longo e mais profundo - isso não impediu que A. Duchesne e Th. Leguay publicassem em 1990 um livro a que denominaram, de modo ironicamente pragmático e provocador, de Petite fabrique de littérature, já um clássico. Dito isso, podemos tirar algumas conclusões, e para que fiquem bem claras, é preciso lembrá-las:

As oficinas sempre existiram, e apenas agora se institucionalizam sob a forma de um curso - passe a palavra - organizado por um escritor que é, ao mesmo tempo, seu professor.

As oficinas evidenciam, pela produção comprovável de seus alunos, que não são tolhidas as formas individuais de expressão literária; muito ao contrário: a discussão coletiva dos textos propicia diversidades estilísticas e de conteúdo, fazendo com que o aluno se aventure pela inovação estética. O fato de freqüentar uma oficina não transforma ninguém em escritor, assim como freqüentar uma escola de dança não transforma ninguém em bailarino.

É possível realizar uma carreira ou uma brilhante obra literária - e até ganhar o Nobel - sem que se passe por uma oficina, e a história está aí para confirmar de modo esmagador; contudo, numa oficina os caminhos tornam-se mais breves, e a possibilidade de erros de percurso é bem menor. Não sendo o fim e nem o começo de nada, as oficinas demonstram ser uma passagem, e de reconhecido proveito. É só perguntar a quem já cruzou por elas.

Luiz Antonio de Assis Brasil é doutor em Letras, romancista, músico e animador cultural dos mais destacados em seu estado, com diversas  premiações: Portugal Telecom 2004, Jabuti 2004, Machado de Assis 2001, Instituto Nacional do Livro 1988, Ilha de Laytano 1976.

obras publicadas:

Um quarto de léguas em quadro (1976)

A prole do corvo (1978 )

Bacia das almas (1981)

Manhã transfigurada (1982)

As virtudes da casa (1985)

Casa da província (1987)

Perversas famílias (1992)

Pedra da memória (1993)

Senhores do século (1994)

O pinotr de retratos (2001)

A margem imóvel do rio (2003)

Música perdida (2006)

www.laab.com.br/destaques.html#OFICINAS_LITERÁRIAS
Contato: letras-pg@pucrs.br   para informações sobre inscrições
Fale com o professor: laab@portoweb.com.br
Fone: (51) 3320-3676 (Secretaria do Programa)



- Link1
- Link2
- Link3