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Editorial 2

Prefeitura de BH na

contra-mão da História

 

A decisão da Prefeitura de Belo Horizonte em acabar com o “Concurso Literário Cidade de Belo Horizonte” contrasta profundamente com dois fatos relevantes e conseqüentes:

 

1- O peso de Minas na Literatura Brasileira e a tradição do prêmio, criado por decreto em 1947.  

 

2- O atual “boom” literário que estamos assistindo através das (1) oficinas e (2) das festas literárias que pipocam em todo o país, além (3) das bienais internacionais do livro, que, agora, não estão mais restritas ao eixo Rio de Janeiro - São Paulo.

 

A alegação que a fórmula dos concursos literários está esgotada não procede, como pode ser visto na criação de diversos concursos pelo Brasil afora, como o do Governo do Rio Grande do Sul, ao instituir o Prêmio Literário Moacyr Scliar, que pretende ser um dos mais importantes em termos de premiação em dinheiro.

 

Assim, a decisão da Prefeitura de BH não vai contra apenas sua história; vai contra a história da literatura brasileira, na qual Minas tem certa proeminência. Desse modo, creio que nós do "Coletivo 21” deveríamos lutar não apenas pela sua manutenção, e sim por uma ampliação do concurso, incluindo um aumento em dinheiro na premiação.

Creio também que esta luta não é apenas dos mineiros, é de todos os brasileiros engajados no momento atual, onde a Literatura retoma seu fôlego e os concursos têm um destaque especial propiciando o surgimento de novos talentos.  

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