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Poesia
Soneto

 

Rindo com meu pai

O que virá a ser o inexistir?

Afeições e feições, o que serão?

Que será o presente? E o porvir,

não será já passado de antemão?

Que dizer do caminho andado em vão,

nos desvãos do caminho a pressentir

a esperança que nos cai da mão,

e o rosto amado que não mais sorri?

Ria, rosto da minha noite imensa!

Essa sua expressão é a recompensa,

para cada migalha que se esvai...

Quando a terra for fria e o céu escuro,

bendirei essa treva por futuro,

juntarei o meu riso ao do meu pai...

Franpes

 

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