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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Albert Camus

Nasceu na Argélia, então colônia francesa, em 07/11/1913. Romancista, ensaista, dramaturgo, filósofo e jornalista engajado na Resistência Francesa. Ingressou no Partido Comunista Francês em 1934, no ano seguinte licenciou-se em filosofia e fundou o "Teatro do Trabalho". Em 1936, apresentou uma tese sobre o filósofo grego Plotino e engajou-se no Partido do Povo da Argélia. De 1937 a 1940 escreveu para dois jornais socialistas. Em 1940, já morando em Paris, começou a trabalhar para a publicação "Paris-Soir". No ano seguinte mudou-se para Bordeaux, junto com a redação da revista. Em 1942 publicou dois de seus livros mais importantes: O Estrangeiro e O Mito de Sísifo. Segundo muitos críticos, a idéia do absurdo da existência humana, formulada nestas obras, foi sua maior contribuição para a filosofia. Durante a II Guerra Mundial, travou relações com Sartre e engajou-se na Resistência francesa, escrevendo e depois tornando-se editor do jornal clandestino "Combat". Em 1946, viajou aos EUA, proferindo palestras sobre o existencialismo. Publicou A peste (1947), uma alegoria da ocupação alemã e da condição humana. Entre 1949 e 1951, viveu recluso, enfraquecido por causa de uma nova recaída da tuberculose. Em agosto de 1949, esteve em visita ao Brasil, onde foi recebido por Oswald de Andrade, numa viagem que fizeram à Iguape. Em 1951 publicou O homem revoltado, em que faz uma análise da idéia de rebelião e revolução, rejeitando o comunismo. Tais idéias perturbaram o meio intelectual francês comprometido com o marxismo e provocaram sua ruptura com Sartre. De 1955 a 56, trabalhou no semanário L'Express. Em 1957, recebeu a maior honraria literária em reconhecimento à sua obra: o Prêmio Nobel Literatura. Sua obra (filosófica e literária) tem o absurdo como temática principal. Seus livros testemunham as angústias de seu tempo e os dilemas e conflitos já observados por escritores que o precederam, tal como Franz Kafka, Dostoiévski. Esta proximidade com estes dois autores evidencia uma cadeia que se estende até os dias atuais, indica a fonte de um movimento heterogêneo - abrange arte, teatro, literatura, filosofia -, que por conveniência identifica-se como a estética do absurdo. Alguns ilustres filiados a este movimento cujo foco é o absurdo são Samuel Beckett e Eugène Ionesco. Outras obras: O avesso e o direito (1937), Núpcias (1939), Refelxões sobre a guilhotina (1947), O artista na prisão (1952), A queda (  ), A peste (  ), Resistência, Rebelião e Morte ( ), Le Premier Homme (1994), publicado por sua filha. Entre as peças teatrais, temos: Les justes, peça em 5 atos, Le Malentendu (1944), Caligula (1941), e L'État de siège (1948). Faleceu em  04/01/1960.

 

 

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