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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Carlos Sussekind

Nasceu em 17/09/1933, na cidade do Rio de Janeiro. Tradutor e escritor, teve seu primeiro livro: Ombros altos, publicado em 1960 e reeditado diversas vezes. Filho do escritor e jurista Carlos Sussekind de Mendonça e neto de Lúcio de Mendonça, que ajudou Machado de Assis a fundar a Academia Brasileira de Letras. É considerado um escritor  ora “cult”, ora “bissexto”, mas ele recusa esses enquadramentos. “Acho muito difícil escrever e não o faço todos os dias”. O próximo livro veio em 1976: Armadilha para Lamartine, um livro baseado nos diários escritos por seu pai, algo em torno de 30 mil páginas dispostas em 84 volumes. “O livro foi a forma que encontrei para divulgar o diário dele”, e serviu também como uma espécie de catarse. O romance é como um jogo de situações em que fatos da realidade e ficção se entrelaçam por artifícios da linguagem e da loucura, criando uma inventiva rede narrativa. Hoje é considerado um clássico da literatura brasileira contemporânea e foi relançado pela Companhia das Letras em 1998. As obras seguintes são Que pensam vocês que ele fez (1994) e O autor mente muito (2001), a história de um doente de um hospital psiquiátrico, que passa 40 anos sem sair porque impõe uma exigência com a qual os médicos não concordam. O romance foi se complicando e a saída foi escrevê-lo em co-autoria com seu psicanalista e amigo Francisco Daudt da Veiga. Após o lançamento, recebeu alta, fazendo com que, mais uma vez, uma catarse fosse transformada em literatura.

                           

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Onde escreve?

Psicanálise-

Academia