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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Dalton Trevisan

Dalton Jérson Trevisan

Nasceu em 14 de junho de 1925, em Curitiba, Paraná. Advogado e um dos melhores contistas vivos da língua portuguesa. Começou escrevendo poesia, em 1945. Mas ficou em dúvida “se os poemas valiam alguma coisa”. Pediu ajuda ao crítico Temístocles Linhares, entregou os originais a ele e não teve resposta. Pouco tempo depois, levou o maior susto ao ver seu livro, Noites de insônia, publicado pela José Olympio, na vitrine de uma livraria. No mesmo ano liderou o grupo literário que publicou a revista Joaquim, uma das mais importantes daquela década. Em seguida, publicou alguns contos em folhetos muito semelhantes à literatura de cordel. A partir de 1959, com a publicação de Novelas nada exemplares (Prêmio Jabuti), passou a ter repercussão nacional. Dotado de um estilo minimalista e observador da gente de sua cidade, criou personagens e situações de significado universal, em que as tramas psicológicas e os costumes são recriados numa linguagem precisa e de cunho popular, que dão valor aos mínimos incidentes de um cotidiano sofrido e angustioso. Em 1964 lançou dois livros: Cemitério de elefantes e Morte na praça; no ano seguinte veio o livro pelo qual tornou-se conhecido: O vampiro de Curitiba. Essa alcunha se deve ao fato de ele não se deixar fotografar e não dar entrevista em hipótese alguma. Em 1968 Trevisan ganhou, com pseudônimo, o primeiro lugar do I Concurso Nacional de Contos do Paraná. Tem mais de 40 livros publicados, alguns deles traduzidos para diversos idiomas: A guerra conjugal (1969) foi transformado em filme, Crimes da paixão (1978), Lincha tarado (1980) e Ah é? (1994). Quem tem medo do vampiro? (1998), Pico na veia (2002), O grande deflorador (2002), Capitu sou eu (2003) e Arara bêbada (2004), Machos não ganham flores (Record, 2006), O maníaco de olho verde (2008), Violetas e pavôes (2009), Desgracida (2010) e O anão e a ninfeta (2011). Mesmo recluso, tem sido agraciado com alguns destacados prêmios literários, tais como o Prêmio Ministério da Cultura de Literatura pelo conjunto de sua obra, em  1996; dividiu com Bernardo Carvalho o Prêmio Portugal Telecom de Literatura Brasileira, em 2003 e o famoso Prêmio Camões, em 2012. No mesmo ano, recebeu também o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra.

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