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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Françoise Sagan

 

Nasceu em 21/06/1935, em Carjac, Lot, França. Escritora e dramaturga, cujo pseudônimo (seu nome é Françoise Quoirez) foi tirado do nome da autora favorita de Proust, a Princesse de Sagan. Filha de um próspero engenheiro de origem espanhola, sendo educada, juntamente com seu irmão e sua irmã, no bairro da classe média superior de Paris. Após terminar seu curso, entrou, em 1952, para a Sorbonne. Em julho, ao término do ano escolar, fracassou em seus exames e começou a trabalhar em Bon jour tristesse. O livro foi terminado em fins de agosto, publicado pelas Editions Juillard em 1954, e recebeu o "Prix des Critiques" daquele ano. Constituindo sucesso imediato, com apenas 18 anos de idade, o livro vendeu mais de 700.000 exemplares na França, sendo traduzido para quatorze idiomas. Seguiu-se-lhe, em 1956, Un Certain Sourire. Em seguida publica Dans un mois, dans un an (1957), que não venderam como o primeiro, mas confirmaram o surgimento de uma grande escritora. Nos Estados Unidos, foram vendidos, de seus dois primeiros livros, mais de dois milhões de exemplares. Além das novelas, escreveu versos líricos para a cantora Juliette Greco, scripts cinematográficos e um comentário destinado a uma coleção de fotografias da Cidade de New York. Algums de seus livros: Aimez-vous Brahms? (1959), La Chamade (1965), Le Lit Défait (1979) La Femme Fardée (1981), e as peças: Château en Suède (1960) e Le Cheval Évanoui (1966). Françoise Sagan passou a vida morando num apartamento, em Paris e, não raro, trabalhando sozinha no campo, fora da cidade. Na primavera de 1957, quase morreu num desastre com um carro esporte. Os carros esporte eram o seu hobby; com um pé nu sobre o acelerador, ela guiava seus carros em velocidades tão temerárias que as reportagens da imprensa européia acerca de sua maneira de dirigir automóveis foram tão volumosas quanto a crítica sobre seus escritos. Costumava viajar para os Estados Unidos onde muitas vezes foi vista com Truman Capote e a atriz Ava Gardner. Sagan também era conhecida por seus inúmeros vícios e por sua forma peculiar de levar a vida. Nos anos noventa foi condenada por uso de cocaína. Uma vez envolveu-se em um acidente de carro com seu Aston Martin, o que a deixou em coma por algum tempo. Encontrou a morte aos 69 anos afundada em dívidas, doente e solitária vivendo seus últimos 4 anos da caridade de bons amigos. As drogas, o alcoolismo e o imposto de renda consumiram sua fortuna, Françoise chegou até mesmo a ser condenada a um ano de prisão por enganar o fisco, ao que um de seus amigos escreveu: Ela deve ao Estado, mas a França lhe deve muito mais.

 


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