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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Suzan Sontag

 

Nasceu em 16/01/1933, em Nova Iorque, EUA. Escritora, ensaísta, crítica literária e de arte, ativista política e intelectual norte-americana das mais expressivas de seu tempo. Estreou nas letras como ficcionista com The benefactor (1963); escreveu um segundo romance em 1967: Death kit”, mas foi como ensaísta que ficou mais conhecida e onde causou maior impacto literário. Na década de 1970 fez uma profunda reflexão sobre a arte fotográfica e lançou o ensaio Sobre a fotografia (Cia das Letras, 1973). Segundo Boris Kossoy, “sua proposta de uma reflexão sobre a realidade a partir da imagem fotográfica tem uma importância única nos estudos da imagem na segunda metade do século 20”. Noutros ensaios, como A doença como metáfora (Graal, 1979) e  Aids e suas metáforas (Cia. das Letras,1988) refletiu sobre a doença com rigor filosófico. Mas foi com o livro de ensaios Sob o signo de Saturno (L&PM, 1979) que ela ficou conhecida internacionalmente. Foi responsável pela popularização de filósofos como Walter Benjamin e Roland Barthes (Já foi chamada de Roland Barthes de saia) no cenário intelectual norte-americano. Em 1991 o desejo de retornar à literatura  ou fazer literatura ensaística se manifestou com a novela Assim vivemos agora (Cia. das Letras), aprofundando a reflexão sobre a doença e colocando a AIDS na ordem do dia. No ano seguinte a necessidade de uma literatura mais pura se manifesta completamente com O amante do vulcão (Cia das Letras), 1992). Tinha opiniões formadas sobre o que é literatura e o fazer literário: “A primeira obrigação e qualquer escritor sério é escrever bem”, declarou. Noutra oportunidade disse que “todas essas sensações de incompetência da parte do escritor – dessa escritora, pelo menos – decorrem da convicção de que a literatura é importante. Importante é com certeza uma palavra muito tênue”. Em 2000 faz uma mergulho na história de seu pais e escreve o romance Na América (Cia. das Letras). Seu último trabalho resultou em mais ensaios: Diante da dor dos outros (Cia das Letras, 2003). Segundo Cristine de Bem e Canto, um questionamento da “nossa sensibilidade quanto ao excesso de imagens de sofrimento ao qual estamos expostos pela mídia, bem como a possibilidade de indignação do ser humano inspirando e encorajando novos rumos para uma produção de arte”. Premiada diversas vezes dentro e fora dos EUA, integrava a Academia Americana de Letras. Faleceu em 28/12/2004

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