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Como escrevo?
Caio Porfirio Carneiro

"Escrevo tanto à mão como à maquina, preferindo o primeiro. O meu processo de criação é lento, mas não passa por fase de elaboração. É necessário, apenas, e meio indispensável, que eu tenha um ponto de referência. Explico. Se vejo ou sinto alguma coisa, que me impressiona, aquilo fica dentro de mim, em maturação. De repente, isto passa para o papel quase numa explosão. Escrevo rápido. Sofro muito depois, no trabalho de polimento. O meu livro Chuva - Os dez cavaleiros nasceu de umaviagem que ifz pelo interior do Ceará. Vi, em certo lugar, lá longe, quase no horizonte, uma velha casa e junto dela um cavaleiro. Era uma tarde chuvosa. Aquele quadro não me sumiu da cabeça. Volta e meia ele me voltava a torturar. Pois, dessa imagem fugidia nasceu não um conto, dez contos, todo um livro. Não é curioso? Comigo foi sempre assim".

RICCIARDI, Giovanni. Biografia e criação literária. Lauro de Freitas, BA: Livro.com, 2009.

 

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