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ENTREVISTA SIMULTÂNEA

Henry Miller

Nasceu em 26 de dezembro de 1891, em Nova Iorque, EUA. Ensaísta e escritor, cujo estilo é caracterizado pela mistura de autobiografia com ficção, onde a carga erótica é predominante. Por isto foi considerado, muitas vezes, um escritor pornográfico. Teve uma vida material e afetiva bastante atribulada devido a dificuldades econômicas e a precocidade de suas experiências sexuais. Ele mesmo afirmou que sua primeira amante, aos 17 anos, “tinha idade bastante para ser minha mãe”. Em 1913 começou a viajar pelo oeste dos EUA trabalhando esporadicamente em diversos serviços. De volta à Nova Iorque, trabalha na alfaiataria do pai, mas logo se retira para trabalhar na Western Union, onde escreve seu primeiro livro, que nunca foi publicado. Em 1925 passa a escrever poemas em prosa, chamados “Mezzotints”, para vendê-los de porta em porta. Não conseguindo sobreviver nesta atividade e querendo ser escritor, mudou para Paris na década de 1930, onde finalmente conseguiu publicar seu primeiro livro: Trópico de câncer (1934), uma narrativa confessional como as de Santo Agostinho ou Rousseau, mas baseada em suas experiências com as prostitutas francesas. O livro teve dificuldades em sua distribuição e foi banido em alguns países sob a acusação de pornografia, e tal fato atraiu a curiosidade do público, fazendo aumentar sua vendagem. Em seguida publicou Trópico de capricórno (1939), seguindo a mesma linha. Ainda em Paris escreveu O mundo do sexo (Pallas, 1975), traduzido no Brasil com prefácio de Otto Maria Carpeaux, que lhe prestou certa credibilidade literária. Durante a II Guerra Mundial retornou aos EUA e se estabelece como um escritor prolífico, mas o sucesso só viria após a liberação de suas obras na década de 60. Tornou-se um clássico após a publicação da trilogia autobiográfica Sexus (1949), Plexus (1953) e Nexus (1960), que ele chamou de “A crucificação encarnada”. No período 1944-1962, viveu em Big Sur, Califórnia. Mas o lugar transformou-se em centro de peregrinação devido ao ilustre escritor, obrigando-o a retirar-se para viver em Pacific Palisades, um distrito de Los Angeles. Em Big Sur ainda hoje é mantido um memorial dedicado a sua obra, composta, entre outras, por: O colosso de Marússia (L&PM, 2005); Pesadelo refrigerado (Francis, 2006); Big Sur e as laranjas de Hieronymus Bosch (José Olympio, 2006); Um diabo no paraíso (Thomson Learning, 1997); Primavera negra (IBRASA, 1995); Dias de paz em Clichy (José Olympio, 2004). A trilogia Sexus, Plexus e Nexus foi editada pela Cia. das Letras em 2004-2005. Faleceu em 7 de junho de 1980.

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