Volta para a capa
Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais de  Mário Ferreira dos Santos

                                    ADVERTÊNCIA AO LEITOR
                                      PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO


   Não é novidade, no decorrer da História, a presença de espíritos enciclopédicos e polimatêicos, evidentes em tôdas as épocas cultas.
   Sabemos que muitos se admiram e escandalizam-se por sermos assim. Contudo, não somos originais por isso. Temos apenas de observar, em face de nossa obra abundante, que somos dedicados ao trabalho, a um paciencioso esfôrço, a uma disciplina rigorosa, que adquirimos de nossos primeiros mestres, os jesuítas, que nos impelem ao trabalho diurno e noturno, sem desfalecimentos.
   Os que fundados num preconceito bem moderno do especialismo dizem ser impossível ao homem dedicar-se a tantas matérias, revelam apenas nada entenderem do que falam.


                                    PLANO DA OBRA

   O "Dicionário de Filosofia e Ciências Culturais" é uma obra que há mais de trinta anos vem sendo confeccionada por nós. Seu título indica que é, primordialmente, um dicionario de Filosofia e, secundàriamente, de Ciências Culturais. Obedeceu a um critério: ser o mais fàcilmente manuseável e aproveitável ao leitor brasileiro, tão carente de obras especializadas, razão pela qual nos dedicamos a tratar dos temas, sempre presumindo a falta de informações imprescindíveis. Obedece, outrotanto, a um critério: dar ao leitor, que lê obras em outros idiomas, a possibilidade de traduzir, para o português, os têrmos filosóficos principais.


                                CONDIÇõES DA OBRA

    Como obra de um autor só, escrita, revisada até o fim apenas pelo autor, reconhecemos, nela, muitas deficiências, que pretendemos sanar em edições futuras. Ademais, não é obra para estacionar num patamar, mas para prosseguir. O leitor inteligente e de boa vontade há de desculpar certos senões, pois, dizem, é regra, ser o autor o pior revisor do que faz. Pedimos, assim, perdão com antecedência. Depois de impressa, se encontrarmos senões que possam prejudicar a inteligência da matéria, faremos errata, no último volume, onde apontaremos a forma certa ou melhor.

                              OPORTUNIDADE DA OBRA

    Dadas as nossas condições, a oportunidade desta obraé manifesta, pois é conveniente não só aos que se dedicam à Filosofia. mas a todos os ramos das Ciências Culturais. A matéria, que constitui os artigos, foi obtida através da leitura cuidadosa dos textos filosóficos mais importantes, e extraída dos mais tamoros dicionarisias de todos os tempos. Se muitas vezes nos opomosàs informações de autores consagrados, damos, imediatamente, as razões de nossa divergência. Em muitos artigos, tecemos comentários críticos, julgados oportunos para melhor orientação do leitor.


                                 OBRA MODERNA?

    Um dos mais inconsistentes preconceitos de nossa época é julgar que o moderno é melhor que o pertencente ao passado. Pode o moderno corresponder melhor ao gosto de muitos, tal, porém, não quer dizer que seja axiologicamente superior, assim como se uma falsificação de sons, com efeitos cromáticos inesperados, superasse uma sonatata de Bach. Outrossim, há um saber que não tem idade, nem envelhece com o tempo, mas supera-o. Esse saber, que está disperso na obra dos grandes autores gregos e dos medievalistas, em regra geral desterrados dos dicionários de chamados autores modernos, foi por nós reuniido neste. Não damos preferência a nenhuma idade do homem, mas ao que de grande ele realizou. Jamais cometeríamos a indignidade de silenciar as realizações dos grandes medievalistas e dos escoláticos, para dar relêvo a desencontradas, insuficientes (mas auto-suficientes) postulações de autores modernos famosos, que tentam desenterrar velhos erros já refutados e superados, que os desprevenidos julgam criações inéditas, testemunhos da grandeza de seus autores.
    Ao leitor amigo que nos prestigia, amparo de nossa obra e estímulo de nosso esforço, nosso agradecimento sincero.

                                                           Mário Ferreira dos Santos

                                           ***

Esclarecimento:

    O site Tiro de Letra decidiu publicar, semanalmente, alguns verbetes deste dicionário devido a inexistência da obra no mercado editorial e a sua importância no universo cultural. Assim, solicitamos autorização à Sra. Nadiedja, detentora dos direitos autorais e filha do autor, para divulgarmos alguns verbetes, cuja escolha ficaria ao nosso critério.

    O Dicionário é composto de quatro volumes e contém milhares de verbetes, dos quais escolheremos aqueles que consideramos mais relevantes, seja pela sua importância na atualidade, seja pelo enfoque dado pelo autor. É sabido que alguns verbetes mereceram um detalhamento de caráter enciclopédico, onde o autor deu uma definição mais completa do verbete.

   São estes os verbetes que privilegiamos em nossa divulgação semanal. No entanto, aqueles que se interessarem por outros verbetes ainda não divulgados e quiserem se antecipar no seu conhecimento, basta nos solicitar através dos e-mails abaixo, indicando o(s) verbete(s) de sua preferência:

        

        literacria@gmail.com  ou  brito@tirodeletra.com.br

Clique nos verbetes já divulgados:

Ato

Afeto

Bem

Conhecimento

Determinismo

Empresa (econômica)

Espiritualismo

Estética

Ética

Existência e Essência

Filosofia

Filosofia concreta

Fins e meios

Instinto

Intuição

Memória

Mal

Modos

Moeda

Moral 

Participação

Preço

Psicanálise

Psicologia

Substância

Tensão

Trabalho

Valor

Próximos: Livre (arbitrio) - Felicidade